O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump votou nas eleições na tarde desta terça-feira (5), na Flórida. Trump votou ao lado de sua esposa, Melania, em um centro recreativo em Palm Beach, perto de Mar-a-Lago, onde o republicano tem uma mansão. Após votar, o ex-presidente falou com a imprensa. Trump afirmou não se arrepender de nada ao longo da campanha e se mostrou otimista com o resultado. "Me sinto confiante", disse.
"Fizemos uma grande campanha, talvez a melhor das três. Fomos bem na primeira, melhor na segunda, mas alguma coisa aconteceu, e acredito que esta tenha sido minha melhor campanha", afirmou Trump. O candidato ainda disse parece que os republicanos estão comparecendo em peso nas eleições e que ainda não preparou um discurso de vitória.
"Não preparei um discurso. Dei discursos na noite passada, a noite toda, como vocês podem concluir", disse com voz rouca apontando para a garganta. "Não sou um democrata, sou capaz de fazer um discurso em curto prazo. Se eu vencer, logo saberei o que vou dizer, e nem quero pensar na derrota". Perguntado sobre violência na eleição, Trump afirmou que não precisa falar sobre isso com seus apoiadores:
"É claro que não haverá violência, meus apoiadores não são pessoas violentas. Eu certamente não tenho que dizer isso, mas com certeza não preciso dizer isso a eles, eles são grandes pessoas, que não acreditam na violência", defendeu.
O político chegou à Flórida na manhã desta terça após comício em Grand Rapids, no Michigan, onde fechou sua campanha presidencial na noite de segunda. Sua comitiva foi filmada entrando em sua casa às 2h do horário local (4h no horário de Brasília).
Kamala Harris, a candidata democrata e sua rival no pleito, votou por correio no domingo. Seu vice, J.D. Vance, votou no final da manhã nesta quinta em Cincinnati, em Ohio, ao lado de sua família.
Antes de ir votar, Trump pediu a seus eleitores que não desanimem de ir votar por causa das filas nos locais de votação e chamou os democratas de "comunistas radicais" em publicação na rede social X.
"Este será o dia mais importante da história americana. O entusiasmo dos eleitores está imenso porque as pessoas querem fazer a América grande de novo. Isso significa que as filas estarão longas. Preciso que você entregue seu voto, não importa quanto tempo leve. FIQUE NA FILA! Os democratas comunistas radicais querem que você faça as malas e vá para casa. Juntos, teremos uma vitória tremenda", escreveu Trump.
Cenário apertado
Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (5) diante de uma das campanhas mais singulares da história recente dos Estados Unidos. O resultado também será inédito: dele sairá a primeira presidente mulher dos EUA ou o primeiro presidente condenado pela Justiça do país.
Frente a frente estão Kamala Harris, uma ex-procuradora-geral que é a atual vice-presidente do país e reinjetou ânimo entre o eleitorado democrata ao assumir o lugar de Joe Biden na briga pelo comando da Casa Branca, gerando um clima de euforia que foi comparado ao causado por Barack Obama em 2008.
E Donald Trump, o ex-magnata do mercado imobiliário de luxo e ex-presidente dos EUA que tenta voltar ao posto após conseguir se mobilizar e reorganizar seu eleitorado mesmo depois de virar réu em quatro processos e ser condenado em um deles. As pesquisas de intenção de votos apresentaram ao longo da campanha o cenário mais apertado já registrado, o que fará com que a eleição provavelmente seja definida por uma margem muito estreita de votos.
Quando sairá o resultado?
As últimas urnas devem ser fechadas às 2h de quarta-feira (6), pelo horário de Brasília, no Havaí. No entanto, os resultados serão divulgados a partir das 20:00 desta terça-feira em alguns estados, como Indiana e Kentucky.
Ainda não se sabe quando o resultado oficial das eleições presidenciais dos EUA sairá. Como cada estado possui regras diferentes para apuração, o tempo de contagem pode variar em todo o país. As projeções apontam que até a tarde de quarta-feira (6) pode ser possível saber quem venceu as eleições. No entanto, como a eleição deve ser disputada, atrasos podem acontecer.
Em 2020, por exemplo, Joe Biden foi projetado como vencedor apenas quatro dias após as eleições, em um sábado. Em 2016, Donald Trump foi declarado eleito na madrugada seguinte à eleição.
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