27/10/2024 às 18h54min - Atualizada em 27/10/2024 às 18h54min
Ricardo Nunes supera Boulos e é reeleito prefeito de São Paulo
O atual prefeito foi reeleito com amplo leque de alianças políticas, formando coligação que engloba doze partidos
Redação G1 / Don Carlos Leal
O GLOBO
O prefeito Ricardo Nunes votou nesta manhã na Zona Sul de São Paulo. - Foto: Aloision Mauricio / FOTOARENA / Estadão Conteúdo/ Reprodução Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito neste domingo (27) prefeito de São Paulo com 59,56% dos votos válidos, derrotando o candidato Guilherme Boulos (PSOL). O resultado saiu às 18:00 com 89,78% das urnas apuradas. Boulos teve 40,43% dos votos válidos. Os adversários tiveram cerca de 1 milhão de votos de diferença. Ele toma posse para o novo mandato em 1º de janeiro de 2025, e terá como vice o Coronel Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A vitória do emedebista ocorreu em meio a maior abstenção da história da cidade de São Paulo: mais de 31% dos eleitores não compareceram às urnas neste domingo (27).
O atual prefeito foi reeleito com amplo leque de alianças políticas, formando coligação que engloba doze partidos (PP, MDB, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Mobiliza, União Brasil). O acordo garantiu o maior tempo de propaganda de TV no primeiro turno.
Em uma campanha marcada por ataques, agressões, e processos, Nunes ainda enfrentou neste domingo uma nova ação e uma queixa-crime de Boulos, após seu principal cabo eleitoral, o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmar que o PCC enviou supostos salves para que familiares de presos fossem orientados a votar no psolista. O TRE nunca recebeu relatório sobre essas supostas mensagens.
Nunes foi reeleito depois de um primeiro turno apertado, onde passou para o 2° turno com uma diferença de apenas 81.865 votos em relação ao terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), e com diferença de 25 mil votos em relação a Guilherme Boulos (PSOL). O prefeito enfrentou um 1° turno duro, com várias acusações de má administração e com uma reprovação (28%) maior do que a aprovação (26%), segundo a pesquisa Datafolha de 24 de outubro.
Por já estar no cargo, ele foi o principal alvo dos adversários nos treze debates que aconteceram com a presença do prefeito no 1° e no 2° turnos.
Ao lado de Tarcísio, Nunes fez várias agendas de campanha e levou o padrinho político várias vezes à tv e ao rádio para endossar a candidatura perante os eleitores da extrema direita. Embora tivesse desde o início o apoio formal de Jair Bolsonaro (PL), que indicou o vice da chapa, o coronel Mello Araújo, o ex-presidente se manteve afastado da campanha em São Paulo e evitou fazer gestos profundos de apoio ao agora prefeito reeleito.
Após ter demonstrado força no primeiro turno, elegendo dois prefeitos e emplacando vários candidatos no segundo turno, o ex-presidente Jair Bolsonaro amargou reveses neste domingo nas capitais onde se empenhou pessoalmente pela eleição de seus favoritos: Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Manaus (AM), Belém (PA) e João Pessoa (PB). O ex-presidente também saiu derrotado em Niterói (RJ), com a reeleição de Rodrigo Neves (PDT) na disputa com o deputado federal Carlos Jordy (PL), integrante da tropa de choque bolsonarista na Câmara.
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