MENU

Diário de Rio dos Cedros Publicidade 1200x90
Diário de Rio dos Cedros Publicidade 728x90
03/11/2024 às 11h12min - Atualizada em 03/11/2024 às 11h12min

'Eh lindo o idioma português': entenda 7 erros de escrita que viraram piada na 'trend' e saiba como evitá-los

Post no X reúne centenas de exemplos de 'deslizes' na língua portuguesa (alguns, por distração ou desconhecimento do autor; outros, por culpa do corretor do celular)

Luiza Tenente / Don CarlosLeal
G1
Infográfico elaborado em 22/10/2024. - Ilustrações de Maria Laura Silva / Reprodução
"Eh lindo o idioma português" é uma "trend" (aquelas "correntes" de redes sociais) no X que reúne erros de ortografia, pontuação ou conjugação verbal em casos particularmente engraçados. Sabe quando o corretor do celular trai sua confiança e troca uma palavra por outra bem comprometedora? Ou quando você se confunde e escreve uma frase ambígua, que dá a entender algo, digamos, indesejado?

Não queremos aqui humilhar ninguém que já tenha se enganado nessas situações, ok? A ideia é justamente explicar os "escorregões" e evitar que você os cometa em ocasiões formais, como na redação de um vestibular ou em um e-mail para o chefe.

1- 'Foge da minha ossada': certamente, a pessoa quis usar a expressão "foge da minha alçada", que significa "não está no meu campo de atuação".

Por exemplo: seu amigo traiu a esposa e quer a sua ajuda para ser perdoado por ela. Você, então, diz: "Posso consolar você, mas não vou conversar com ela, não. Foge da minha alçada". Ossada, com "ss", é um substantivo que se refere a um conjunto de ossos.

2- 'Lanche na casa do amigo e a esposa dele estava uma delícia': aqui, temos um caso clássico de ambiguidade gerado por erros de paralelismo e de pontuação. A intenção, imaginamos, era dizer que o lanche estava uma delícia (e não a esposa). Como deixar isso claro?

"Lanche na casa do amigo e da esposa dele: estava uma delícia." Ou "O lanche na casa do meu amigo e da esposa dele estava uma delícia."
Para respeitar o paralelismo, a construção da frase precisa ter uma estrutura "simétrica" e coordenada, justamente para evitar ambiguidades. A preposição deveria aparecer também antes de "esposa": na casa DO amigo e DA esposa.

Veja um exemplo de outro tipo de falta de paralelismo: "Gosto de: cantar, dançar e música." Não há simetria, certo? Seria preciso usar todos os verbos no infinitivo: "Gosto de: cantar, dançar e ouvir música".

3- 'Dessem, decem, davam': quando a menina escreve que gostaria de ter férias, está se referindo a uma ideia que ainda não é real. É um desejo que, para ser concretizado, dependerá de outra pessoa. O tempo verbal correspondente a esse contexto é o pretérito imperfeito do subjuntivo.

O nome parece difícil, mas você provavelmente sabe colocá-lo em prática — basta escrever sobre uma hipótese que só poderia ser real com a participação de terceiros. "Se ela me amasse, eu seria mais feliz [dependemos da vontade da mulher]"; "Se meu filho comesse tudo, choraria menos à noite [dependemos do apetite da criança]".

Na mensagem da "trend", o verbo "dar", no pretérito imperfeito do subjuntivo, deveria ser conjugado como "dessem", com "ss". A primeira tentativa, portanto, estava correta. "Descem" (com "sc") é o verbo "descer" no presente do indicativo ("Eles descem a escada todos os dias."). E "davam" não exprime uma condição, e sim um hábito do passado ("Meus filhos me davam muito trabalho.").

4- 'Largato': "lagarto" e "lagartixa" são duas palavras que sofrem do mesmo mal do termo "iogurte": é comum ver falantes da língua portuguesa mudando a posição da letra "r" e dizendo/escrevendo, de maneira equivocada, "largato", "largatixa" e "iorgute".

5- 'Vendo, 140 crianças de 4 a 5 anos': a pessoa teria sido mais clara escrevendo algo como: "Vendo bicicleta infantil por R$ 140". O detalhamento poderia ficar na outra linha do anúncio: "Para crianças de 4 a 5 anos". Nos comentários, usuários do X brincam com a ambiguidade: "nossa, vão vender 140 crianças!". Mas, ainda que a intenção fosse a de colocar essas crianças à venda (?), haveria um erro de pontuação. Não devemos separar o verbo e o complemento (objeto direto) com vírgula. O certo, nesse caso hipotético (e doido), seria "Vendo 140 crianças".

6- 'Entrarão na minha casa, roubarão tudo!': esse "deslize" também é um erro comum: trocar o "am" e "ão" na conjugação verbal. Veja a diferença: usamos o "am" quando nos referimos a uma ação do passado: "roubaram minha casa ontem"; "comeram toda a comida comprada no último mês".

Já o "ão" é para falar de algo do futuro: "Eles descansarão muito quando as férias chegarem", "As meninas brincarão no parque quando parar de chover". A pessoa queria reportar que ladrões haviam roubado a casa dela. Só que, ao escrever "roubarão", acabou parecendo que ela estava prevendo a invasão.

7- Bolo de cocô Coco (fruta) - A sílaba tônica (mais forte) é a penúltima, certo? Ou seja, é paroxítona. E paroxítonas terminadas em "o" não são acentuadas (só pensar em "bolo" ou em "rolo"). Cocô (fezes) - A sílaba tônica é a última, portanto, trata-se de uma oxítona. E oxítonas terminadas em "o" são acentuadas (dominó, vovô, robô). O bolo que aparece na foto era de coco (ao menos, esperamos isso.

#BoaTardeRioDosCedros #DiárioDeRioDosCedros #RioDosCedros #DonCarlosLeal #NotíciasRioDosCedros #TurismoRioDosCedros #CulturaRioDosCedros #TrendsQueViraramPiadaNoX

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Diário de Rio dos Cedros Publicidade 1200x90
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp