21/02/2021 às 06h20min - Atualizada em 21/02/2021 às 06h20min
Você concorda que nossas contas de consumo são incompatíveis com a realidade financeira do brasileiro?
Bom dia, Rio dos Cedros!
Don Carlos Leal
Don Carlos Leal
REPRODUÇÃO Domingo, 21 de fevereiro de 2021
DIA NACIONAL DO IMIGRANTE ITALIANO, DIA DO NATURALISMO E DIA INTERNACIONAL DA LÍNGUA MATERNA
Bom dia, Rio dos Cedros!
Você concorda que as contas de consumo são incompatíveis com a realidade financeira do brasileiro?
''A população de baixa renda, precisa reservar a maior parte do salário para pagar contas de consumo, como água, gás, energia e combustível. É como se a trabalhassem praticamente para manter as concessionárias de serviços públicos e não dá pra imaginar viver sem elas. O Brasil não tem uma política tributária que taxe o cidadão de acordo com sua capacidade de contribuir, mas pra fazer caixa, que é resultado da ineficiência do Estado em administrar seus recursos. De acordo com a OCDE, os impostos sobre o consumo no Chile equivalem a cerca de 52% da arrecadação; no Japão, 18%; no México, 54%, e nos Estados Unidos, cerca de 17%. Na Dinamarca, por exemplo, a taxação sobre a renda é a maior entre os países pesquisados e chega a aproximadamente 63%. Para especialistas, os impostos embutidos nos preços de cada produto, como a água, são os piores, porque são pagos igualmente por quem ganha R$ 100 mil ou um salário mínimo. A participação dos impostos sobre consumo na arrecadação tributária no Brasil, cerca de 65%, está muito acima da média mundial, que é em torno de 35%, segundo a OCDE. Em países desenvolvidos como Estados Unidos e Japão, ela é abaixo de 20%. O professor do curso de ciências contábeis do Ibmec/MG Paulo Machado esclareceu que, em 1986, os Estados Unidos fizeram uma grande reforma tributária. O país tem hoje uma baixíssima tributação sobre o consumo – menos de 20% – enquanto a renda é tributada em mais de 40%. Então, como resolver esse problema? Será que a solução está em buscar novas fontes de renda para pagar as contas ou cobrar das autoridades uma reforma tributária mais justa para todos?
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