10/10/2024 às 11h51min - Atualizada em 11/10/2024 às 00h03min
Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa? Mas quem é ou foi Milton? Ou Katrina?
Antigamente, as tempestades recebiam nomes arbitrários, dados de acordo com as circunstâncias históricas
Redação BBC / Don CarlosLeal
BBC NEWS
Furacão Milton está em uma lista de nomes que voltam a ser usados a cada seis anos. - Imagem: Getty Images /Reprodução Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) diz que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicar alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades. "A prática de nomear tempestades (ciclones tropicais) começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos", afirma a OMM em seu site. "Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade''. Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa. Regiões diferentes adotam padrões diferentes. Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas. Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte dos oceanos Índico, a maioria dos nomes usados não são de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebem nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos. Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z. Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte Chris. E assim por diante. Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton. Mas quem é ou foi Milton? Ou Katrina? Esses nomes não têm nenhum significado especial. Os ciclones e furacões tropicais não são batizados em homenagem a nenhuma pessoa específica.
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