18/08/2024 às 17h41min - Atualizada em 19/08/2024 às 00h03min
Qual sinal mais evidente pode identificar o autismo em adultos?
O autismo está associado principalmente a crianças, mas às vezes a pessoa chega à fase adulta sem ainda ter o diagnóstico
Silvia Melo / Don Carlos Leal
CATRACA LIVRE
Os sinais e sintomas do autismo variam muito. - Imagem: PeopleImages / istock / Reprodução Os sintomas de Transtorno do Espectro Autista (TEA) são diversos e variam muito de pessoa para pessoa e também conforme o tipo. Os sinais estão presentes na infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam a capacidade da pessoa na fase adulta. O DSM-5 — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicado pela American Psychiatric Association, a maior associação no campo da psiquiatria, classifica o TEA como transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. Como o autismo é um transtorno do espectro, pode variar de muito leve a muito grave e ocorrer em todos os grupos étnicos, socioeconômicos e etários. De acordo com a OMS, os homens são quatro vezes mais propensos a ter autismo do que as mulheres. Algumas crianças com autismo parecem normais antes de 1 ou 2 anos de idade e, de repente, “regridem” e perdem a linguagem ou as habilidades sociais que haviam adquirido anteriormente. Isso é chamado de tipo regressivo de autismo. Construir amizades e relacionamentos românticos é muito difícil para pessoas autistas. Eles não entendem as emoções de outras pessoas e não conseguem expressar adequadamente as suas próprias. Eles costumam ter dificuldade de perceber as nuances da entonação de fala de terceiros, tendendo a interpretar tudo ao pé da letra e não percebem ironias ou piadas com duplo sentido. Também não costumam compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial. É comum o autista ter interesses e ser extremamente focado em um assunto específico. Pode ser em música, jogos, tecnologia, personagens, etc. É o que se chama hiperfoco. Alguns são bons em matemática, outros aprendem idiomas em tempo recorde. É importante dizer que os critérios diagnósticos destinam-se a profissionais de saúde mental. Pessoas que não são especialistas não estão aptas para diagnosticar usando os critérios do DSM-5.
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