17/08/2024 às 10h14min - Atualizada em 18/08/2024 às 10h15min
O ato do 7 de setembro vai ter força suficiente para provocar o impeachment de Moraes?
Bolsonaro confirmou presença em manifestação que vai pedir o afastamento do cargo do ministro de STF
Renan Melo Xaviero / Don Carlos Leal
ITATIAIA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestação em seu apoio na Avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro deste ano, - Foto: Taba Benedicto / Estadão Conteúdo / Reprodução A decisão de Jair Bolsonaro de comparecer ao ato pró-impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acendeu um alerta na corte. A manifestação foi convocada pelo pastor Silas Malafaia, para o dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato foi criado após a Folha de São Paulo revelar mensagens trocadas por assessores de Moraes que mostram o uso informal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo magistrado. Bolsonaro chegou a ser aconselhado pelos seus assessores e aliados mais moderados a não comparecer ao ato, mas decidiu ir. Na quinta-feira (15), o ex-presidente comunicou a presença aos organizadores do evento. Hoje, confirmou a ida à manifestação ao colunista Igor Gadelha, do site “Metrópoles”. A notícia foi recebida por ministros do STF como algo “previsto”, mas colocou os magistrados em alerta sobre a necessidade de acompanhar os desdobramentos dos atos. Há a avaliação, inclusive, de que Bolsonaro pode descumprir alguma medida restritiva imposta no âmbito das investigações. Em fevereiro, quando o capitão reformado participou de outro ato na Av. Paulista, após ser alvo de buscas da Polícia Federal, o Supremo adotou uma postura similar. Magistrados com mais trânsito com a classe política entraram em campo para medir a temperatura do ato. Na ocasião, os principais interlocutores de Bolsonaro junto a corte foram o governador Tarcísio de Freitas e o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten. Ambos garantiram ao magistrado que o capitão reformado não faria ataques à corte e atuaram como bombeiros. Desta vez, porém, há dúvidas se Bolsonaro vai aceitar seguir o mesmo roteiro.
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