11/08/2024 às 08h49min - Atualizada em 12/08/2024 às 00h03min
Maduro vai aceitar entregar o poder após a pressão dos EUA?
EUA dependem do Brasil e aliados para achar uma saída para Venezuela, diz ex-embaixador Shannon
Redação G1 / Don Carlos Leal
NSC TOTAL
Thomas Shannon foi embaixador dos EUA no Brasil e conselheiro na embaixada de Caracas. - Foto: State Department / Reprodução A Venezuela vive uma escalada de tensão enquanto opositores e parte da comunidade internacional cobram que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), composto por uma maioria próxima ao governo, apresente as atas das urnas da eleição do mês passado. Segundo os dados oficiais, Nicolás Maduro foi reeleito em 28 de julho. A crise no país latino-americano tem impacto transfronteiriço. As consequências dos movimentos do xadrez venezuelano podem afetar economicamente, socialmente e até politicamente países de toda a América. Por isso, os países estão agindo. Brasil, México e Colômbia, que não reconheceram a vitória de Maduro, cobram as atas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) venezuelano enquanto tentam liderar uma possível mediação entre governistas e oposição. Já um grupo liderado pela Argentina rejeitou os resultados e não tem mais laços formais com Caracas. A razão pela qual pediram ao Supremo Tribunal para resolver esta questão é porque não querem que o CNE resolva a questão. Mas vale a pena registrar que o porta-voz do Departamento de Estado [dos EUA] veio a público e acrescentou um comentário adicional ao que o secretário Blinken tinha dito. Ele afirmou que os Estados Unidos não reconhecem Edmundo González como presidente da Venezuela, em primeiro lugar, porque a posse do presidente não vai acontecer até o ano que vem [será em janeiro de 2025]. Mas, em segundo lugar, o governo dos Estados Unidos não quer voltar a cair em uma experiência semelhante, quando os EUA declararam Juan Guaidó presidente [em janeiro de 2019] e depois ficaram limitados a apoiar um presidente que não tinha autoridade para governar e nem poder. Agora, os Estados Unidos preferem encontrar outra saída para esta crise. Por isso dependem do que o Brasil, a Colômbia e o México consigam fazer.
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