29/07/2024 às 12h35min - Atualizada em 29/07/2024 às 12h35min
Itamaraty proíbe embaixadora de ir à proclamação da vitória de Maduro
Recomendação foi dada nesta segunda-feira (29/7). Governo do Brasil aguarda divulgação das atas e dados para reconhecer resultado da eleição
Galtiery Rodrigues / Don Carlos Leal
METRÓPOLES
O Itamaraty enviou uma orientação à embaixadora do Brasil na Venezuela para que ela não comparecesse, na segunda-feira (29/7), à proclamação da vitória de Nicolás Maduro. - Foto: Carlos Becerra / Getty Images / Reprodução O Itamaraty enviou uma orientação à embaixadora do Brasil na Venezuela para que ela não comparecesse, na segunda-feira (29/7), à proclamação da vitória de Nicolás Maduro. A instrução à Gilvânia Maria de Oliveira foi dada pelo ministro das Relações Exteriores, o chanceler Mauro Vieira. A recomendação foi dada, após a postura de cautela do governo brasileiro em relação às eleições venezuelanas. Posição semelhante foi adotada por outras autoridades internacionais, que passaram a exigir transparência e não reconheceram, de imediato, o resultado da suposta reeleição de Maduro.
Por meio de comunicado, o Itamaraty informou que aguarda a publicação por parte do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos dados desagregados por mesa de votação. Esse é um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”, na visão do órgão. O site do conselho continua fora do ar.
A mesma cobrança pelos dados já havia sido feita mais cedo pelos Estados Unidos, Europa e países da América Latina. O assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, afirmou, também nesta segunda, que existe um incômodo pela falta de transparência no processo eleitoral do país vizinho.
Segundo Amorim, o governo brasileiro prefere aguardar os dados antes de manifestar sobre o resultado do pleito venezuelano. O assessor foi enviado à Venezuela, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e deve retornar ao Brasil na terça-feira (30/7). Ele disse que, sem a verificação das atas de votação, “fica difícil reconhecer” a transparência do pleito.
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