Tutores fazem manifestações pacíficas em aeroportos do país, após morte do cão Joca

Manifestantes reivindicam pela mudança nas regras no transporte de animais

Caso Joca: Tutores de pets fazem protestos no aeroporto de Brasília no domingo (28). - Foto: Agência Brasil / Reprodução

Tutores de cães e ONGs de defesa dos animais realizaram manifestações em diversos aeroportos do país, neste domingo (28), para defender a regulamentação do transporte aéreo de cachorros de grande porte. A iniciativa foi motivada pela morte do cão Joca, um golden retriever de quatro anos, que faleceu após um erro logístico da Gol, na última segunda-feira (22).

Os protestos foram registrados no Aeroporto de Brasília (DF), Guarulhos (SP), Congonhas (SP, Confins (MG), em Florianópolis (SC), além de outras capitais brasileiras e reuniu tutores que reivindicavam pelo tratamento digno dos pets durante o transporte feito pelas companhias aéreas.

Atualmente, cães de grande porte são colocados em uma caixa de transporte e levados em um compartimento localizado no porão da aeronave. Segundo as companhias, o local é pressurizado e não oferece risco aos animais, que não viajam junto com malas e cargas. Somente animais com até 10 quilos (kg) podem ser levados junto aos passageiros.

Na capital catarinense, os tutores, junto de seus cães, utilizaram cartazes com a frase "Não somos bagagem''. Somos o amor da vida de alguém". Depois de permanecer na entrada do aeroporto, o grupo fez uma caminhada pelo local até chegar em frente ao guichê da companhia aérea Gol, responsável pelo transporte do cão Joca, pedindo por Justiça.

A regulamentação do transporte de animais foi a principal pauta discutida nas manifestações do Distrito Federal. Os tutores pediam para que os cães não fossem mais tratados como bagagem e exigiam que políticas de regulamentação para transporte de pets fossem implementadas.

No Distrito Federal, foi idealizado pelo Clube Golden de Brasília. A representante do clube, Fernanda Machado, afirmou que a iniciativa foi motivada pelo descaso das companhias aéreas no transporte de animais domésticos de grande porte. Ela citou que são comuns casos de descuidos, como fuga dos cães durante o embarque, além de mortes durante o translado.

Cerca de 30 pessoas e 20 cães, principalmente labradores e golden retrievers, também foram ao Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, pedir justiça no caso de Joca. “Além de mostrar toda a indignação com o caso do Joca, que aconteceu essa semana, viemos pedir melhores condições de transporte para os nossos pets. Não temos segurança para enviar os cachorrinhos nesse tipo de serviço. Queremos que isso mude”, afirmou uma das organizadoras, Carolina Penna de Almeida.

Um grupo de pessoas com animais também realizou protesto na frente do check-in da Gol, no saguão do Aeroporto de Congonhas, por volta das 9 horas deste domingo (28). Os manifestantes pediram justiça pela morte de Joca, além de melhorias nas políticas de transporte de animais pelas companhias. O ato terminou por volta das 10:00. Não houve nenhuma confusão, nem impacto operacional. Também houve registros de manifestação no Aeroporto de Guarulhos.

Caso Joca
Na última segunda-feira (22), o golden retriever Joca foi despachado pelo tutor em São Paulo com destino a Sinop (MT). No entanto, a caixa de transporte foi colocada em um voo para Fortaleza. Ao ser constatado o erro operacional, o cão foi mandado de volta para São Paulo. No trajeto de volta, Joca não suportou o trajeto de oito horas de viagem e morreu.

Após o episódio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil de São Paulo passaram a investigar o caso. Em nota divulgada pela GOL, a companhia aérea se solidarizou e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão, por 30 dias, do transporte aéreo de animais.

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