As redes sociais atrapalham ou beneficiam o processo democrático de um país?

Na média geral dos países pesquisados, as redes são mais aprovadas do que reprovadas sob a perspectiva de seu impacto sobre o ambiente democrático

O Brasil, viciado em redes, aparece em quinto lugar entre os países onde a população vê menos riscos causados por elas. - Foto: TV Globo / Reprodução

A resposta a essa pergunta varia de acordo com o país. Uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center em 27 mercados revela que as redes sociais têm impactos distintos sobre a democracia, dependendo do contexto. A relação entre redes sociais e democracia é complexa. Elas podem tanto fortalecer quanto enfraquecer o processo democrático, dependendo de vários fatores. Nas economias emergentes, como Brasil, Nigéria, México, Quênia e Índia, as pessoas tendem a acreditar que as redes sociais promovem a democracia. Em países mais desenvolvidos, como EUA, França, Holanda, Austrália, Canadá e Reino Unido, há mais entrevistados que consideram as redes sociais negativas para a democracia. No Brasil, 71% da população acredita que as redes sociais são benéficas para a democracia, enquanto 25% têm uma visão contrária. A Nigéria é o país mais favorável às redes sociais como elemento positivo para a democracia, com 77% do público entrevistado pensando dessa forma. Em alguns países, o sentimento em relação às redes sociais pode ser influenciado por movimentos do governo. Por exemplo, na França, o presidente Emmanuel Macron defendeu a regulamentação das redes sociais para conter a desinformação. Adultos mais jovens tendem a ver as redes sociais como benéficas para a democracia em comparação com os mais velhos. Essa diferença é observada em vários países, incluindo o Brasil. As redes sociais podem ser tanto uma ameaça quanto um benefício para a democracia, e essa percepção varia significativamente de acordo com o contexto e a localização geográfica.

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