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20/03/2024 às 15h58min - Atualizada em 20/03/2024 às 15h58min

Pela 7ª vez consecutiva, relatório elege Finlândia como país mais feliz do mundo; veja a posição do Brasil

O Brasil subiu cinco posições na comparação com o relatório divulgado em 2023. Estudo é patrocinado pela ONU e foi divulgado nesta quarta-feira (20)

France Presse / Don Carlos Leal
G1
Helsinque, a capital da Finlândia. - Foto: Getty Images via BBC / Reprodução
A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo um relatório patrocinado pela ONU divulgado nesta quarta-feira (20). Já o Brasil ficou com a 44ª colocação. Na comparação com o ranking divulgado no ano passado, o Brasil subiu cinco posições. Entre os países da América do Sul, os brasileiros só perdem para o Uruguai (26º) e o Chile (38º).

O documento leva em conta seis fatores-chave: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção. Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares, com Dinamarca, Islândia e Suécia aparecendo logo após a Finlândia.

Em último lugar na lista de 143 países aparece o Afeganistão, afetado por uma catástrofe humanitária após o retorno do Talibã ao poder, em 2020. Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13. Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros.

"Entre os dez primeiros, apenas Holanda e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes", destaca o relatório. Os maiores retrocessos no índice de felicidade desde o período 2006-2010 foram os de Afeganistão, Líbano e Jordânia, enquanto Sérvia, Bulgária e Letônia registraram fortes avanços.

O relatório mundial é uma medição da felicidade divulgada anualmente pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU desde 2012, e se baseia na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados econômicos e sociais.

A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, disse à AFP Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática. Os finlandeses talvez tenham "uma compreensão mais acessível do que é uma vida bem-sucedida", em comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, onde o sucesso está mais relacionado aos ganhos financeiros, apontou Jennifer.

A confiança nas instituições, a pouca corrupção e o acesso gratuito à saúde e educação também são primordiais. O relatório também destaca um sentimento de felicidade mais forte entre as novas gerações do que entre as pessoas mais velhas, na maioria das regiões.

O índice, no entanto, retrocedeu drasticamente desde 2006-2010 entre os menores de 30 anos na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, e é inferior ao das pessoas mais velhas nessas regiões. No entanto, progrediu em todas as faixas etárias no Leste Europeu no mesmo período. A desigualdade na felicidade aumentou em todas as regiões, exceto na Europa, o que os autores consideraram preocupante. Veja a posição de alguns países de acordo com o estudo divulgado neste ano:

1. Finlândia; 2. Dinamarca; 3. Islândia; 4. Suécia; 5. Israel; 6. Países Baixos; 7. Noruega; 8. Luxemburgo; 9. Suíça; 10. Austrália;...20. Reino Unido; 23. Estados Unidos; 26. Uruguai; 38. Chile; 44. Brasil; 48. Argentina; 51. Japão; 55. Portugal; 60. China; 79. Venezuela; 105. Ucrânia; 141. Lesoto; 142. Líbano; 143. Afeganistão.

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