08/02/2024 às 12h06min - Atualizada em 08/02/2024 às 12h06min
Presidente do PL é preso por porte ilegal de arma
Valdemar Costa Neto foi alvo de busca e apreensão na operação que mira aliados de Bolsonaro; prisão ocorreu por conta de arma
Tainá Falcão / Marina Demori / Lucas Schroeder / Don Carlos Leal
CNN
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é preso por porte ilegal de arma. - Foto: Reprodução O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal (PF) por porte ilegal de arma, em Brasília, nesta quinta-feira (8). Ele era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022.
A sede do PL, alvo de buscas, fica no Brasil 21. Valdemar mora nesse mesmo prédio. Ao todo são 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. As buscas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Quem são os alvos já confirmados com fontes da PF.
Mandados de busca e medidas cautelares: Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República; Valdemar Costa Neto, presidente do PL; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública; General Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército; Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha; General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”; Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares; Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres; Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello; Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres; Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas; Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres; Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército.
Mandados de prisão: Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
Operação contra ex-ministros de Bolsonaro é resultado de delação de Mauro Cid
A operação da Polícia Federal (PF) que mirou bolsonaristas desta quinta teve como base a delação de Mauro Cid, segundo fontes da PF. De acordo com investigadores, “boa parte” das acusações que fundamentaram o cumprimento de prisões, buscas e apreensões tiveram confirmação na colaboração premiada de Mauro Cid.
Integrantes da PF afirmam que a delação vem produzindo resultados há alguns meses. A nova operação intitulada Tempus Vetitaris, que na tradução literal significa Hora da Verdade, seria o maior resultado obtido até agora. “E alguns diziam que a delação era ruim”, disse à CNN uma fonte da Polícia Federal responsável pela operação.
Delações premiadas são utilizadas como meio de prova, por diversas investigações. O instrumento foi popularizado pela operação Lava Jato.
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