O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou uma série de decretos em seu primeiro dia no cargo – sua posse foi no domingo, 10. Dentre elas, está um em que ele derrubou um decreto de 2018, imposto pelo então presidente Mauricio Macri (2015-2019), que impediu que parentes de membros eleitos servissem na máquina pública. Com a impossibilidade encerrada, ele indicou sua irmã e conselheira principal, Karina Milei, como secretária-geral do governo. Milei considera a irmão como ‘O Chefe’.
Em reunião nesta segunda-feira, 11, ele se reuniu pela primeira vez com seus ministros para uma reunião de gabinete na Casa Rosada (sede do Executivo) e deu início aos trabalhos do novo governo. O líder da frente de extrema-direita A Liberdade Avança cumpriu a sua promessa eleitoral de reduzir os ministérios, em linha com a redução da despesa pública, e cortou os 18 existentes até ontem para apenas nove, segundo um decreto emitido no próprio domingo.
Ao formar seu gabinete, Milei construiu pontes com outras forças políticas para encontrar aliados para sua coligação, que têm muito poucos deputados e senadores. Por isso, libertários, peronistas, seguidores do ex-presidente Macri e da União Cívica Radical (UCR) têm lugar no novo gabinete, incluindo a chapa presidencial da coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança nas últimas eleições, a ex-candidata presidencial Patricia Bullrich e o ex-candidato ao vice-presidente Luis Petri.
Os ministros indicados são Luis Caputo (Economia), Guillermo Ferraro (Infraestrutura), Mariano Cúneo Libarona (Justiça), Sandra Pettovello (Capital Humano), Patricia Bullrich (Segurança), Luis Petri (Defesa), Diana Mondino (Chancelaria) , Gullermo Francos (Interior) e Mario Russo (Saúde).
A pasta mais sensível será a da Economia. Durante sua declaração na cerimônia de posse ele deixou claro que a situação é delicada. “Nenhum governo recebeu herança pior do que essa que estamos recebendo agora”, disse. O mandatário também informou que não há dinheiro disponível para grandes mudanças iniciais, mas que “a única forma de sairmos da pobreza é com mais liberdade”.
Nesta terça-feira, conforme informado pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, o governo Milei deve anunciar o primeiro pacote de medidas econômicas. “A batalha será travada em termos de crescimento econômico e de resolução de problemas muito estruturais que o Estado argentino tem em termos de política fiscal. Acabou isso de gastar mais do que se tem. O ‘não tem dinheiro’ não é uma frase pronta”, declarou Adorni, em alusão a uma expressão habitualmente pronunciada por Milei, que tomou posse neste domingo como o novo presidente argentino.
O porta-voz presidencial também admitiu que “a política monetária tem defasagens e leva tempo para corrigir”, razão pela qual “as alterações nos preços não serão novidades para hoje ou amanhã”. Uma das questões sobre as quais foi mais consultado foram os cortes no setor público e a consequente perda de empregos.
A esse respeito, Adorni destacou que “a grande maioria das pessoas que trabalham no Estado são válidas e necessárias” e que o que o novo presidente argentino procura “combater” é “o privilégio” do chamado “emprego militante”. E
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