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06/11/2023 às 06h13min - Atualizada em 06/11/2023 às 06h13min

De que é a culpa do vazamento das provas do ENEM?

Os primeiros vazamentos foram detectados às 14:30. Quando a PF foi acionada, a íntegra do exame já circulava em grupos de WhatsApp

Josias de Souza / Don Carlos Leal
UOL
O vazamento não é fenômeno novo. - Imagem: Ricardo Stuckert / PR
Neste ano da graça de 2023, o Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, converteu-se novamente em caso de polícia. O Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão do MEC responsável pela aplicação da prova, acionou a Polícia Federal na tarde deste domingo. Imagens do caderno que expõe o tema da redação circularam nas redes sociais. Os alunos foram convidados a dissertar sobre os "desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". Além do tema, foram expostos na internet os quatro textos apresentados para motivar os candidatos. São duas as modalidades de vazamento que costumam tisnar o Enem. Numa, as questões são furtadas antes da aplicação das provas. Noutra, são transmitidas durante a realização do exame. Segundo o Inep, o caderno com o tema e os textos referentes à redação surgiram nas redes depois das 13:00, quando os portões se fecharam. O início das provas foi às 13:30. Os alunos começaram a sair às 15:30, sem o conteúdo dos exames. Pelas regras, apenas os que saíram a partir das 18:30 estavam autorizados a levar as provas. Por mal dos pecados, os primeiros vazamentos foram detectados às 14:30. Quando a Polícia Federal foi acionada, a íntegra do exame já circulava em grupos de WhatsApp. O vazamento não é um fenômeno novo. Em 2009 os cadernos do exame foram furtados na gráfica. O MEC suspendeu a aplicação da prova. Em 2010 detectaram-se vazamentos de questões na Bahia. Em 2011, o flagelo repetiu-se no Ceará. Em 2014, surgiram denúncias em Teresina e Fortaleza. Pior: a PF farejou em Minas Gerais uma quadrilha que teria vendido as provas a 15 pessoas de Mato Grosso. Em 2019, um aplicador de provas vazou a foto da redação. De acordo com as regras oficiais, é proibido o acesso ao local das provas com celulares ou qualquer dispositivo eletrônico. Neste domingo, após acionar a Polícia Federal, o Inep esclareceu que "todas as providências cabíveis estão sendo tomadas" para apurar o novo vazamento de dados.

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