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23/10/2023 às 17h16min - Atualizada em 23/10/2023 às 17h16min

Lula associa atentado em escola de São Paulo a facilitação de acesso às armas pelos jovens

“Estamos matando o futuro” disse o presidente ao relacionar o caso de São Paulo com a guerra em Gaza

Lucas Saba
GAZETA DO POVO
Lula (PT), Presidente da República: “Esse país merece viver em paz, com amor, sem ódio. - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Reprodução
Horas depois do ataque a tiros à Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, que vitimou uma adolescente e deixou outros três feridos, o presidente Lula (PT) associou o atentado ao acesso às armas no Brasil, política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O atual presidente já criticou por diversas vezes a gestão passada pelos decretos que facilitaram o acesso às armas. Lula chegou a dizer que “fecharia todos os clubes de tiro no país” e revogou os decretos que facilitavam transporte de armas, caças e outras práticas. Hoje, durante um lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida do governo Federal, o presidente voltou a criticar a política armamentista.

"Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas".

Lula (PT), Presidente da República.“Esse país merece viver em paz, com amor, sem ódio. Ainda ontem, em São Paulo, houve a morte de uma criança com uma arma do próprio pai. Não é possível. Estou vendo a quantidade de crianças que foram mortas na Palestina, lá em Gaza, em Israel, não é possível. Estamos matando o futuro da humanidade. Estamos matando o futuro do nosso país. Isso é falta de estabilidade psicológica, de estabilidade salarial, na educação”, declarou Lula que participou do evento por videoconferência no Palácio do Planalto.

Num segundo momento, o presidente voltou a enfatizar a sua posição sobre o assunto e disse que quer colocar "livros" ao invés de "armas" nas mãos de crianças “É uma necessidade a gente ver as nossas crianças lendo, incentivar a leitura e quem tenha livro deve doar. O que nós não queremos é criança com arma. O que não queremos é criança fazendo violência, praticando e aprendendo violência. Queremos criança estudando, na escola”, discursou Lula.

Segundo o Governo de São Paulo, no atentado da segunda-feira (23) na escola da Zona Leste uma estudante morreu e outros três ficaram feridos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, um adolescente de 17 anos, aluno do colégio, entrou armado no colégio e efetuou os disparos. Ele foi apreendido junto com a arma.

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