13/10/2023 às 09h59min - Atualizada em 13/10/2023 às 09h59min
Quem era a prima de Cássia Eller, bolsonarista que morreu aos 36 anos?
Karol Eller enfrentava depressão e participou em setembro de retiro espiritual onde teria 'renunciado desejos da carne'
R7
Karol Eller, que se identificava como lésbica, frequentemente expressava críticas ao que denominava “vitimismo” no movimento LGBTQIAP+ . - Foto: Reprodução / Redes Sociais A influenciadora Karol Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi encontrada morta na noite desta quinta-feira (12), no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo. A morte da ativista foi confirmada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e pelo deputado estadual Paulo Mansur (PL).
Por volta das 22:00 de quinta (12), Karol Eller, que tem mais de 600 mil seguidores em uma de suas redes sociais, postou uma carta de despedida. "Perdi a guerra. (...) Me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam". A causa da morte é apontada como suicídio.
No começo de setembro, Karol Eller postou um vídeo nas redes sociais em que falava de depressão, suicídio e sua conversão religiosa. Em agosto, a influenciadora se filiou ao PL e anunciou que pretendia se lançar candidata nas eleições municipais de 2024.
"Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares", escreveu Nikolas Ferreira em seu perfil no X, o antigo Twitter. "A dor é inexplicável. Apenas pedimos oração pelos seus familiares nesse momento", afirmou Paulo Mansur em seu perfil no Instagram.
Em um vídeo de campanha do ex-presidente, ela defendeu que Jair Bolsonaro não é homofóbico, destacando a oposição compartilhada com relação à militância do movimento LGBTQIAP+ que promove a ideologia de gênero e a sexualização de crianças. Segundo Eller, "Sexualidade não define ninguém, o caráter sim."
Em dezembro de 2019, pouco após ser nomeada para um cargo comissionado na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Karol Eller foi vítima de um ataque na Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. O incidente gerou manifestações de solidariedade tanto de organizações defensoras dos direitos LGBTQIAP+ quanto de apoiadores do ex-presidente.
Contudo, antes de sua associação com a família Bolsonaro, Eller já havia gerado controvérsia nas redes sociais devido a seus comentários críticos em relação à comunidade LGBTQIAP+. Em junho de 2016, publicou um vídeo em seu canal expressando desagrado em relação à decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que legalizou o casamento homoafetivo. Ela apelou para o respeito pelos sentimentos da comunidade, declarando: "Nós, gays, temos um coração. Nós não somos animais, somos humanos, pessoas civilizadas, e temos que aprender a respeitar o próximo. Eu só quero respeito."
"Em quase todas as minhas transmissões ao vivo, tenho deixado claro que sou contra qualquer tipo de manifestação que vá além dos limites da Constituição", escreveu Eller na época. A decisão foi tomada por Roni Baksys, diretor-geral da empresa. De acordo com o último balanço divulgado, Karol Eller recebia um salário de R$ 10.721,79 por uma jornada de 40 horas semanais e estava trabalhando no Rio de Janeiro.
Após ser demitida, Eller afirmou que estava sendo perseguida e atacada "pela esquerda", que erroneamente associou seu nome ao vandalismo do ato. "Estão procurando culpados, mas cabe a cada um de nós apresentar provas, pois fatos não podem ser contestados, de que nossa intenção era participar de uma manifestação pacífica, conforme assegura a constituição", escreveu em suas redes sociais.
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