14/08/2023 às 07h48min - Atualizada em 14/08/2023 às 07h48min
Você acha que todo tipo de vício pode faz mal à saúde?
Somos todos viciados, desde os celulares até nas comidas. Para alguns, são açúcares; para outros, narcóticos, séries de televisão ou mesmo o trabalho
Anna Lembke / Don Carlos Leal
O GLOBO
Anna Lembke: ''Embora o capitalismo tenha sido um sistema muito bem-sucedido para seres humanos, definitivamente tem um lado sombrio: seu desejo de nos tornar viciados. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução Especialista explica como superar as armadilhas diárias. Geração de dopamina', o novo livro de Anna Lembke, a maior autoridade em Medicina do Vício na Universidade de Stanford, foi considerado 'o trabalho médico mais importante da década' pelo MIT. Hoje, os vícios têm mais a ver com as coisas que fazemos do que com as coisas que colocamos em nossos corpos. Na prática clínica, vemos cada vez mais casos de pessoas viciadas em pornografia, masturbação compulsiva, videogames ou em diferentes situações que envolvam dinheiro online, como compras compulsivas ou jogos. As redes sociais podem ser uma ótima maneira de se conectar com outros seres humanos. Mas o problema é que, com as redes, as comunicações se tornaram muito poderosas e, somado a isso, não precisamos mais nos deslocar para nos conectar com outras pessoas. Quando falamos de drogas digitais, como quando falamos de alimentação, devemos entender que elas fazem parte de nossas vidas. Não podemos parar de comer, assim como muitos de nós não podemos parar de usar as mídias digitais porque elas fazem parte do nosso trabalho. Então o que temos que fazer é identificar corretamente qual aspecto da mídia digital nos prejudica, qual é o aplicativo que usamos compulsivamente. Você tem que se abster mesmo, reconhecer que são drogas e que é escravizado por esses aplicativos. E é bom fazê-lo em comunidade, para não se sentir sozinho. Também é bom encontrar atividades saudáveis para substituir as não saudáveis. No caso dos empregos de alta renda, transformamos o trabalho em uma droga. Então, muitas pessoas estão ficando viciadas em trabalho. No caso do trabalho de baixa renda, o que o trabalhador tem é apenas estresse. Então, as pessoas descansam de seus dias de trabalho com drogas. Depois de seis horas, eles dizem: "Vou voltar para casa para beber". Ou "Vou chegar em casa para comer". Ou “Vou chegar em casa para assistir Netflix. E aí está a dicotomia: ou saímos do trabalho para ficar chapados ou transformamos o trabalho em droga.
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