04/08/2023 às 00h01min - Atualizada em 04/08/2023 às 00h03min
Você acha que se Lula usasse a GLO no 8 de janeiro, ele teria sido deposto pelos militares?
À época, Lula recusou sugestão de alguns de seus ministros em adotar a Garantia da Lei e da Ordem como resposta às invasões em Brasília
Igor Gadelha / Don Carlos Leal
METRÓPOLES
Entre ministros do governo, a avaliação é de que os invasores estavam convictos de que conseguiriam dar um golpe para apear Lula do poder. - Foto: Reprodução O presidente Lula recusou a sugestão de auxiliares para adotar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) como reação às invasões em Brasília no 8 de janeiro. O instrumento serviria para que qualquer um dos chefes dos três Poderes convocasse as Forças Armadas para conter situações incontroláveis de perturbação da ordem pública. Um dos ministros que sugeriu a Lula adotar a GLO foi o titular da Defesa, José Múcio, justamente a quem os comandantes das Forças Armadas respondem diretamente. Segundo interlocutores, o presidente da República recusou a sugestão por temer que os militares, ao invés de conterem o caos, ajudassem os invasores a darem um “golpe de estado”. Entre ministros que dão expediente no Palácio do Planalto, a avaliação é de que os invasores estavam convictos de que conseguiriam dar um golpe para apear Lula do poder. Um dos indícios dessa convicção, observam, seria o fato de que a maioria estava com rosto descoberto durante os atos. “Estavam certos de que dariam o golpe e sairiam impunes”, disse um ministro. Após rejeitar a GLO, Lula avaliou intervenção federal no Distrito Federal, para afastar o governo local. Acabou optando apenas por intervir na área da segurança pública. Em abril, imagens reveladas mostraram o general Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no Palácio do Planalto durante os ataques contra os Três Poderes fizeram com que o ministro pedisse sua demissão. Dias era tido como um militar próximo do presidente, por ter atuado em sua segurança pessoal durante os primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também durante a campanha de Lula para as eleições de 2022. Mas, a situação do militar agravou, após o depoimento do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, confirmando na CPI que adulterou um relatório de inteligência enviado ao Congresso, a mando do general Gonçalves Dias. Segundo observadores, GDias foi abandonado pelo próprio governo Lula e “jogado às feras”, sem que ninguém se mostre disposto a fazer esforço para salvá-lo.
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