27/06/2023 às 00h01min - Atualizada em 27/06/2023 às 00h01min
Você acha que há censura em condenar alguém por criticar o processo eleitoral brasileiro?
Com um possível pedido de vista, Bolsonaro poderá ter até 60 dias de ‘fôlego’ no julgamento contra ele; próxima sessão está marcada para a próxima terça-feira (27)
Don Carlos Leal
JOVEM PAN
A PGE defendeu que Bolsonaro fique impedido de concorrer a qualquer cargo por oito anos por tumultuar o processo eleitoral.- Imagem: Urna Eletrônica / Ilustrativa / Reprodução Censura é uma palavra com origem no latim, que significa o ato ou efeito de censurar. Censura também pode ser sinônimo de repreensão ou reprimenda. Além disso, a censura é uma conhecida forma de restrição da liberdade e do conhecimento, normalmente exercida por um regime ditatorial. Na próxima semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), julgará se Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, ao questionar a eficácia das urnas eletrônicas no Brasil durante reunião com embaixadores, no ano passado. A defesa do ex-presidente também conta com a possibilidade de pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se isso ocorrer, a votação deverá ser suspensa por um prazo de 30 dias, prorrogável por mais 30, para que o autor do pedido de vista analise melhor os autos e anuncie seu voto. Questionado sobre o que pretende fazer caso tenha seus direitos políticos cassados, Bolsonaro disse que não quer discutir essa possibilidade. “Deixarei a política do Brasil quando as condições físicas e mentais não permitirem mais. Ou quando eu partir para outra. Até lá, vou fazer política, porque estou com 68 anos e pretendo continuar colaborando”, afirmou. Bolsonaro disse na sexta-feira (23), que pensa também na possibilidade de o ministro Raul Araújo Filho, do TSE, pedir vista no julgamento da ação que pode torná-lo inelegível por oito anos. A primeira sessão do julgamento foi realizada nesta quinta-feira (22), com a leitura do relatório do ministro Benedito Gonçalves e as manifestações do PDT, autor da ação, e do Ministério Público Eleitoral, que recomendou a inelegibilidade de Bolsonaro. “Ele (ministro Raul) é conhecido por ser um jurista bastante apegado à lei e, apesar de estar em um tribunal político-eleitoral, há uma possibilidade de pedir [vista]. Isso é bom, porque ajuda a gente, clareando os fatos”, disse em entrevista à Rádio Gaúcha. O julgamento será retomado na próxima terça-feira (27).
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