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08/06/2023 às 00h01min - Atualizada em 08/06/2023 às 00h01min

Você acha que todos os programas assistencialistas são eleitoreiros?

Lamentavelmente no Brasil o voto não é ideológico, você tem uma parte da sociedade que pelo alto grau de empobrecimento é conduzida a pensar pelo estômago

Felippe Hermes / Don Carlos Leal
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A maior parte da classe política brasileira tornou o Programa Bolsa Família um ponto fora de discussão. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução
Em outros tempos, em um país com milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar, pobreza e precariedade, falas como esta eram comuns: “Lamentavelmente no Brasil o voto não é ideológico, você tem uma parte da sociedade que pelo alto grau de empobrecimento é conduzida a pensar pelo estômago. É por isso que se distribui tanta cesta básica, tanto auxílio. Porque isso na verdade é uma peça de troca em época de eleição”. Trata-se de uma fala feita em 2.000 pelo próprio Lula, criticando o assistencialismo promovido pelo governo FHC. Foi também Lula quem, já em abril de 2003, empossado presidente, mencionou que os auxílios estavam deixando as pessoas menos propensas a trabalhar. Do ponto de vista político, é de certa maneira compreensível que Lula tenha dito isso, tendo em vista que reflete o pensamento de uma boa parcela da população. A hipocrisia, claro, reside no fato de que, anos mais tarde, o próprio Lula fingiria que jamais disse ou pensou algo do tipo, imputando tal ideia aos seus críticos. Detalhes morais à parte, é interessante entender como as políticas públicas de assistencialismo mudaram no Brasil do século 21. Quando, em abril de 2003, Lula foi a Cabedelo, na Paraíba, realizar o discurso sobre como os auxílios deixavam a população mais distante da roça, seu grande programa assistencial atendia pelo nome de “Fome Zero”. Na prática, o Fome Zero era um emaranhado de programas sociais. Dentro dele, havia de palestras a programas que buscavam ressarcir o consumidor dos impostos mediante a apresentação de notas fiscais. Distribuía-se cesta básica ou, ainda, vale gás (como nos tempos do governo FHC), em boa medida pela visão de que, se forem deixadas soltas, as famílias não saberão escolher o que precisam. O Bolsa Família era o exato oposto do Fome Zero, apesar de a máquina de propaganda ter lutado para transformar ambos em uma única coisa.

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