Smartphones e redes sociais estão destruindo a saúde mental das crianças

Equipamento prejudica a autoestima, a socialização, causa depressão e desperta tendências suicidas em alguns casos

Saúde mental de adolescentes: riscos e ajuda - Foto: Kindel Media / Pexels / Reprodução

Não é de hoje que o sinal de alerta foi dado. O tempo de exposição a telas de aparatos tecnológicos por crianças, assim como os danos, é cada vez maior. A saúde mental desses jovens vem sendo comprometida em todo o mundo. Em artigo do Financial Times publicado na Folha de S.Paulo, o repórter John Burn-Murdoch é categórico ao evidenciar os efeitos dos smartphones e das redes sociais no cotidiano de crianças e adolescentes. Eles prejudicam a autoestima, a socialização, causam depressão e despertam tendências suicidas em alguns casos.

Baseado em estudos e pesquisas, Burn-Murdoch considera haver algo de muito errado com os adolescentes. Parte dos jovens britânicos, assim como os americanos, se considera um fracasso. Eles se mostram preocupados e insatisfeitos com a vida. O continente europeu sofre do mesmo mal. Na França, as taxas de depressão entre jovens de 15 a 24 anos quadruplicaram na última década.

A teoria de que ter as redes sociais e outros mecanismos digitais ao alcance da mão 24 horas por dia podem ter um efeito prejudicial na saúde mental não é novidade. Sua principal defensora é Jean Twenge, professora de psicologia na Universidade Estadual de San Diego e autora de dezenas de estudos pioneiros sobre o assunto. O trabalho de Twenge e seu coautor, Jonathan Haidt, foi por muitas vezes criticado. Porém, hoje os sinais estão por toda parte. Entre as respostas sobre o que podemos fazer a mais comum é: “educar as crianças e os pais”. Ainda assim, o autor do artigo não a considera satisfatória e tampouco acredita em campanhas que, na sua avaliação, são ineficazes diante do que ele considera um vício.

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