20/03/2023 às 13h11min - Atualizada em 20/03/2023 às 13h11min
Ex-presidente demonstra preocupação com ataques de facções no RN e invasões de fazendas pelo MST
Bolsonaro teria dito que o MST ‘quer terrorismo geral’ e critica demora do governo para lidar as com invasões
Bruno Pinheiro
JOVEM PAN
Jair Bolsonaro - Carlos Elias Junior / FOTOARENA / Estadão Conteúdo / Reprodução O presidente Jair Bolsonaro telefonou dos Estados Unidos para parlamentares de sua base de apoio no Brasil neste final de semana e demonstrou preocupação com as invasões de fazendas pelo Movimento Sem Terra e também com os ataques de facções no Rio Grande do Norte. Ele questionou como os assuntos vêm repercutindo no Congresso Nacional e falou sobre a demora do governo Lula em atuar fortemente nas duas situações. Ele ainda teria tentado se informar sobre como a oposição vem se organizando para enfrentar as duas situações.
O ex-presidente teria dito aos parlamentares que a situação traz insegurança para o Brasil. Bolsonaro lembrou aos seus aliados que, durante os quatro anos de seu governo, ocorreram apenas 15 ou 16 invasões de terras no país e teria dito ainda que “essa turma quer terrorismo geral”. Segundo os parlamentares ouvidos pela reportagem da Jovem Pan, Bolsonaro queria escutar mais seus aliados sobre o atual cenário do que falar sobre os próximos passos, para fazer primeiro uma avaliação. Ele questionou ainda como estão as bases nos Estados e perguntou sobre o novo marco do saneamento básico, se tinha ameaça do governo federal retroceder na questão.
Um ex-líder do governo Bolsonaro que conversou com a reportagem afirmou que respondeu a ele que, neste momento, a oposição avalia que é necessário aguardar que o governo do PT apresente suas pautas no Congresso Nacional para que possam se articular melhor sobre o enfrentamento. “Bolsonaro vai cumprir o papel dele, mas nós temos que cumprir o nosso também.
Tem que ter um projeto de governo. Precisa esperar esse governo ter projeto. Não ser oposição por oposição. Após ver o projeto desse governo no Congresso, é hora de andar pelo Brasil, conversar com as pessoas”, disse esse ex-líder. No momento, há uma divisão de opiniões sobre o retorno de Jair Bolsonaro ao Brasil neste mês.