15/01/2023 às 06h32min - Atualizada em 15/01/2023 às 06h32min
Aliado de Anderson Torres diz que: ‘se for abandonado, ele não cairá sozinho’
O ex-ministro foi o primeiro integrante do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro a ter a prisão decretada
Robson Bonin
VEJA
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Reprodução Um aliado de Anderson Torres diz que ele, como ministro da Justiça, fez favores para gente importante em Brasília e tratou de guardar informações relevantes sobre figuras do poder. O também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal foi o primeiro componente do primeiro escalão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a ter a prisão decretada na esteira da escalada de protestos alimentada pelo político. “Se for abandonado, não cairá sozinho”, disse o interlocutor.
Torres, que estava nos Estados Unidos, teve a prisão decretada na última terça-feira (10), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Ele é alvo de uma investigação sobre a atuação das forças de segurança nos atos praticados por manifestantes no domingo (8), em Brasília.
Nomeado por Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado, o ex-ministro era responsável pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal quando os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto foram invadidos.
Anderson Torres voltou ao Brasil na manhã deste sábado (14), e desembarcou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. Ele foi o primeiro a descer do avião e foi recebido por um delegado da PF, que o levou diretamente para o hangar da instituição. Logo depois, o ex-ministro foi levado a um batalhão da Polícia Militar do DF. Ele, inclusive, se reuniu com advogados logo após desembarcar no país. Anderson Torres deverá prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (16).
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