25/11/2022 às 07h01min - Atualizada em 25/11/2022 às 07h01min
Bolsonaro ouve cobrança das Forças Armadas para conter manifestações nos quartéis
Segundo militares, pedidos feitos por manifestantes fogem da alçada constitucional
Leonardo Ribbeiro
CNN
Bolsonaro recebeu comandantes militares no Palácio da Alvorada, em Brasília - Foto: Adriano Machado / Reuters / Reprodução Numa reunião que durou duas horas nesta quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ouviu dos comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea de que é preciso um sinal mais claro do chefe do Executivo aos eleitores que insistem em fazer vigílias na frente de quartéis, com demandas inconstitucionais, como pedido de intervenção militar. A CNN apurou que os comandantes das três forças são unânimes no posicionamento de que tais movimentos são inócuos. Dois deles teriam acrescentado que “não têm base legal”.
E mais: estariam gerando problemas de segurança e discussões internas dentro das corporações. Uma vez que, segundo fonte que participou do encontro, militares inconformados com o resultado das urnas estariam fomentando os protestos, com a participação de parentes e amigos.
Bolsonaro teria ouvido, sem concordar ou discordar. No entanto, numa segunda parte da conversa, o presidente deu abertura para que Marinha, Exército e Força Aérea colaborem com a transição do governo. Inclusive passando a compor, a partir da próxima semana, equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que coordenará a atuação dos militares na posse presidencial.
Ao Exército, por meio do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas – Dragões da Independência -, caberá a condução do cerimonial militar. O presidente eleito será escoltado pela tropa a cavalo e pelos Dragões à pé na chegada ao Congresso Nacional e na subida da rampa do Palácio do Planalto.
No mesmo sentido, o presidente autorizou a Força Aérea a iniciar as tratativas para segurança do espaço aéreo no dia da posse. E a Marinha o preparo das honras a chefes de Estado no Itamaraty.
Na reunião não foram tratadas questões de protocolo civil, como troca de faixa, discursos, eventos paralelos, etc. Isso ficará a cargo do grupo da transição coordenado pela futura primeira-dama, Rosângela da Silva, juntamente com o Embaixador Fernando Igreja e as equipes de cerimonial dos poderes envolvidos.
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