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06/11/2022 às 06h23min - Atualizada em 06/11/2022 às 06h23min

Movimentos anticomunismo convocam greve geral para segunda-feira (7)

Desde o início da semana, diversos grupos protestam contra o resultado das eleições e pedem intervenção militar

Letícia Fontes
O TEMPO
Manifestantes protestam em frente ao Exercito em Belo Horizonte — Foto: Fred Magno
Movimentos de direita estão convocando pelas redes sociais uma greve geral em todo o país para a próxima segunda-feira (7). O comunicado divulgado por diversos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pede para que empresários fechem suas "empresas, fábricas e comércios". O grupo diz que o protesto é "contra a instalação do comunismo" no país.

Desde o início da semana, diversos grupos protestam contra o resultado das eleições e pedem intervenção militar. Em Belo Horizonte, os atos têm acontecido em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar do Exército, na Avenida Raja Gabaglia, na altura do bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte.

Os manifestantes no local tem feito, inclusive, rodízio para permanecerem em uma espécie de acampamento na via. Uma barraca de lona foi montada em um ponto de ônibus como base de apoio ao movimento. Lá, os manifestantes distribuem mantimentos para quem quiser participar do movimento. Alguns apoiadores do presidente também têm montado barracas na calçada e dormido no local.

"Greve geral"
Para esta segunda-feira, os atos previstos estão sendo organizados pelo Movimento Nacional de Resistência Civil (MNRC). O site do movimento foi registrado em nome do empresário e do presidente do Instituto Federalista, Thomas Raymund Korontai. Na página oficial do grupo, constam diversos movimentos de direita que fazem parte da organização, entre eles, o Movimento Direita Minas.

A reportagem de O Tempo procurou representantes do grupo no Estado, mas não obteve retorno. Segundo o MNRC, o movimento é composto por "lideranças de movimentos civis e juristas". "O Movimento Nacional de Resistência Civil é de todos os brasileiros que decidiram dar um basta nas ilegalidades, fraudes e negociatas que beneficiam criminosos", diz um trecho do grupo publicado no site oficial.

Em Minas Gerais, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) não se manifestaram sobre os protestos. Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.

Em São Paulo, algumas empresas já estão se mobilizando para apoiar o movimento. É o caso do grupo "MiuKids". Em suas redes sociais, a empresa, especializada em produtos infantis, informou que irá liberar, a partir desta sexta-feira (4), por tempo indeterminado, todos os funcionários que quiserem participar de "movimentos patriotas".

Segundo a gerente Thabata Reckziegel, o posicionamento do grupo "não diz respeito somente sobre os resultados das eleições", mas sim "sobre o restabelecimento da ordem, referente às injustiças da qual foi o processo eleitoral". "Não estamos contestando as eleições somente, mas sim as violações constitucionais que ocorreram e estão ocorrendo", afirmou Thabata, que não quis informar quantos funcionários a empresa possui.

Fundada pelo chinês Jorge Zhao, o grupo foi alvo de críticas, mas também de apoio nas redes sociais. "Restabelecimento da ordem? A única desordem nesse momento são o impedimento da liberdade das pessoas, de irem e virem. Aprendam a perder. Um absurdo fomentar essas manifestações", contestou uma internauta. "Adorei a coragem de postar. Não podemos nos calar", disse outra seguidora.

Fiscalização
De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Flávio Santiago, a corporação acompanha e monitora eventuais mobilizações organizadas pelas redes sociais. Segundo o militar, a PM está preparada para uma eventual "greve geral". Até o momento, a corporação ainda não contabilizou quantas autuações foram emitidas por conta das manifestações bolsonaristas. 

"Em relação aos autos de infração, eu não tenho como contabilizar, as ações ainda estão fortes nas rodovias e tem infrações que não são propriamente desse movimento. É uma ação de muito trabalho que vem desde o planejamento anterior à eleição, do dia da eleição e do pós. O efetivo militar empregado é intenso, até o momento não tivemos necessidade do uso da força. A Polícia Militar fez intervenções pontuais para a liberação das vias e isso favoreceu para que as interdições fossem parciais no Estado", avaliou o tenente coronel.

Segundo ele, Minas Gerais chegou a ter 55 pontos de bloqueio nas estradas estaduais, mas desde quinta-feira (3), todos os trechos foram liberados. "A PM sempre acompanha as redes sociais para que tenhamos capacidade de fazer com que haja sempre policiamento para evitar maiores problemas", finalizou.

A reportagem também procurou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e questionou sobre as atuações emitidas pela corporação e sobre quais ações têm sido realizadas desde o início das manifestações, mas há quase uma semana dos protestos, o órgão não se manifestou.

No início da semana, autoridades da área de segurança pública montaram um gabinete de crise para lidar com o bloqueio das rodovias que cortam Minas Gerais. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o procurador-chefe Patrick Salgado Martins instaurou uma notícia-fato para reunir todos os documentos e informações sobre as manifestações.

Segundo o órgão, foi requisitado à PRF-MG cópia de todos os processos instaurados com as ocorrências dos bloqueios, vídeos, fotos, multas, pessoas e veículos identificados. "Quando o MPF receber esses processos eles serão separados por local do ilícito (cível e criminal), por responsável e será enviado a todos os membros do MPF-MG com atribuição para prosseguir na apuração e responsabilização, civil e penal, dos envolvidos", informou em nota.

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