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01/11/2022 às 07h11min - Atualizada em 01/11/2022 às 07h11min

Bloqueios de manifestantes contrários ao resultado das eleições provocam filas nos postos de SC

Motoristas buscaram os postos de combustíveis desde a noite do último domingo por receio de desabastecimento

Marcos Jordão / Nícolas Horácio
ND+
Postos de combustível de Florianópolis registram grande procura ao longo desta segunda-feira – Foto: Leo Munhoz / ND
Os postos de combustível de Florianópolis registram movimento atípico desde o resultado do 2º turno das Eleições 2022, sendo que aumentou após o início dos bloqueios em rodovias catarinenses. Por conta disso, alguns pontos de revenda já apresentam desabastecimento no fim da tarde desta segunda-feira (31).

A afirmação veio do vice-presidente do Sindópolis (Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis), Joel Silva, devido aos bloqueios que acontecem nas rodovias de Santa Catarina. Na ocasião, ele afirmou que cerca de 30% dos 200 postos espalhados pela Capital passam por desabastecimento.

“Já estão sem combustível. Principalmente aqueles que carregam em Itajaí. A partir de amanhã [terça-feira (1º)], se não ocorrer abastecimento, a grande maioria dos postos ficarão sem gasolina”, complementa o vice-presidente Joel Silva.

Mariana Santana Bessa, 23 anos, que trabalha como gerente de um posto de combustível na rua Tenente Francisco Lehmkhul, no Centro, informou que se preveniu para a alta demanda desta segunda-feira (31). “Deixamos o tanque bem cheio para não passar pelo problema de desabastecimento. Assim como temos duas carretas com combustível. Se for um curto período não teremos dificuldades porque temos para até uma semana. O problema é se a paralisação se estender”, conta Mariana Santana Bessa.

Enquanto isso, a busca por gasolina na Capital não para. Antonio Siedrt, 64 anos, também estava na fila para abastecer o seu carro na tarde desta segunda-feira. “Estou abastecendo por conta dos boatos do risco de falta de combustível. Eu não posso ficar sem o meu carro porque preciso visitar diariamente o meu filho que está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Baía Sul para fazer uma cirurgia”, complementa o aposentado.

Mais cedo, o presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, Giovani Adriano, informou que o Estado se colocou à disposição dos sindicatos de postos de combustível para “fazer todo o apoio de escolar, se for necessário, para a gasolina chegar nos postos e à população não ser prejudicada”.

A PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) informou que as forças de segurança estão acompanhando os processos de cada setor e está cedendo apoio conforme o pedido de cada setor. “O Colegiado de Segurança está em contato e recebendo informações de cada setor, de acordo com que eles apresentem dificuldades”, complementa a PMSC.

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (União), determinou, nesta segunda-feira (31), a realização de uma força-tarefa para fiscalização de estabelecimentos para impedir possíveis abusos e alta de preços de combustíveis. “O Procon Municipal estará nas ruas fiscalizando e garantindo o cumprimento do que prevê o Código de Defesa do Consumidor”, destaca Topázio.

Caso seja constatada discrepância em relação aos preços, haverá abertura de processo administrativo contra o estabelecimento. Além disso, casos mais graves de abuso podem resultar até em interdição do local. Segundo a prefeitura da capital, o sindicato da categoria também vai ser notificado para que reforce a orientação aos estabelecimentos de que não aumentem os preços.

“Nossa expectativa é de que os proprietários não se aproveitem dessa situação para aumentarem suas margens de lucro. Em alguns locais constatamos a diminuição da oferta de combustíveis, mas a situação ainda está controlada, sem necessidade de que a população vá correndo até as bombas”, pontua o secretário municipal de defesa do cidadão (Procon), Miltinho Barcelos.

Por volta das 20h40, o prefeito informou que quatro postos de combustíveis foram fiscalizados e precisaram adotar o preço antigo cobrado nos combustíveis. “Decidimos por não interdição para não prejudicar ainda mais o cidadão. Responderão por processo administrativo. Em caso de reincidência: fechamento”, finaliza Topazio Neto.

Bloqueios impede distribuição de vacinas em SCOs bloqueios em mais de 80 pontos das rodovias de Santa Catarina atrapalharam a distribuição das doses de vacina que saíram da Central Estadual de Rede de Frio, em São José, para o restante do Estado.

O diretor da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), João Augusto Brancher Fuck, explica que o transporte com as vacinas saiu da Central Estadual um pouco antes das 8h, mas acabou retido no engarrafamento por duas horas, sendo obrigado a retornar a central. “Infelizmente, o nosso motorista não conseguiu seguir o trajeto planejado devido às manifestações. Ele precisou retornar à nossa Central Estadual e garantir que nenhuma dose fosse perdida”, assinalou o diretor.

Entre as vacinas que estavam sendo transportadas estavam 83.275 doses de vacinas de rotina como a vacina contra a febre amarela, poliomielite, pentavalente, meningocócica, tríplice viral entre outras, além de 7.917 doses de vacinas contra a Covid-19.

Entenda a paralisaçãoAs manifestações pró-Bolsonaro estão bloqueando pontos de várias rodovias de Santa Catarina desde a noite do último domingo. De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PMRv (Polícia Militar Rodoviária), 53 trechos registram interdição até o meio da tarde desta segunda. Entre eles, 36 nas pistas federais e 17 nas estaduais.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negocia a liberação de rodovias em pontos de bloqueio em Santa Catarina, outros 10 estados e no Distrito Federal. Segundo a corporação, policiais atuam em todos os locais de manifestação a fim de “garantir a mobilidade eficiente, a preservação da ordem pública, a segurança viária e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras”.

Além disso, o MPF (Ministério Público Federal) solicitou à PRF que informe quais medidas estão sendo tomadas para desobstruir rodovias interditadas por caminhoneiros.

O pedido de informações foi enviado à corporação pela Câmara de 7CCR (Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal). O ofício com as demandas foi encaminhado ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

A entidade também destinou o ofício aos procuradores-chefes das unidades do MPF solicitando informações “sobre medidas tomadas para coibir eventual omissão ou facilitação dos agentes da Polícia Rodoviária Federal na garantia da manutenção do fluxo nas rodovias federais”.
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