10/07/2021 às 23h00min - Atualizada em 10/07/2021 às 23h00min
Ele está de volta. O mosquito da dengue deixa SC em alerta
O Estado registra aumento de 89,7% nos focos de dengue comparado ao mesmo período de 2020
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SC acende alerta para presença do Aedes aegypti no Estado – Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas/ND O primeiro semestre de 2021 registrou um aumento de 89,7% nos focos do mosquito Aedes aegypti em Santa Catarina, se comparado ao mesmo período de 2020. Os dados são da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), e ainda apontam que, atualmente, 115 municípios são considerados infestados. Entre a primeira semana do ano e esta sexta-feira (9), foram notificados 29.133 casos de dengue no Estado. Desses, 16.853 foram confirmados, 8.727 foram descartados, 3.085 ainda estão sob análise e 468 apresentaram resultado inconclusivo.
Ainda de acordo com o órgão de vigilância, 16.440 casos são autóctones, quando a transmissão ocorre dentro do Estado, 53 casos são importados e 212 ainda estão em investigação. Com relação às mortes, já foram contabilizadas cinco. A primeira ocorreu em abril. Em maio, foram quatro vítimas.
Epidemia
Atualmente, o Estado de Santa Catarina registra quatro cidades em situação de epidemia. Joinville, no Norte do Estado, apresenta quase 88,7% dos casos em 2021, e a taxa de incidência é de 2.439,4 casos por 100 mil/hab. Navegantes também enfrenta situação de epidemia, com 649 casos autóctones. A taxa de incidência no município é de 796,6 casos por 100 mil/hab. Em seguida, aparece a cidade de Camboriú, com 294 casos e taxa de incidência em 354,3. Por fim, o município de Santa Helena tem 48 casos autóctones e taxa de incidência em 2.181,8 casos por 100 mil/hab.
O conceito de epidemia é aplicado através da relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que há transmissão epidêmica quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Infestação
Apesar da epidemia só estar ocorrendo em cidades do Norte catarinense, a infestação também é outro conceito preocupante. O critério para defini-la é através da disseminação e manutenção dos focos. Os dados mostram que a região mais castigada pela infestação, de um modo geral, é a do Grande Oeste.
O que é a dengue?
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, quando este também carrega o vírus. Quando transmitido aos humanos, pode apresentar sinais ou não. Atualmente, há quatro sorotipos do vírus circulando no mundo, nomeados DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos causam os mesmos sintomas e não é possível diferenciá-los.
A febre alta, variando entre 39° e 40° C, pode ter duração de 2 a 7 dias. Também podem ocorrer episódios de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. 50% casos apresentam manchas pelo corpo, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ser comuns.
Prevenção
Por fim, a Dive/SC alerta para ações que podem evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, da doença: evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda; guarde garrafas com o gargalo virado para baixo; mantenha lixeiras tampadas; deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água; plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água; trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana; mantenha ralos fechados e desentupidos; lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
retire a água acumulada em lajes; dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
mantenha fechada a tampa do vaso sanitário; evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue; denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde; caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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