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Qual sua opinião sobre o retorno do voto impresso nas eleições brasileiras?

O voto impresso foi o padrão por séculos. Desde as primeiras eleições coloniais em 1532, em São Vicente (SP), até o início da informatização do processo eleitoral nos anos 1990, o Brasil utilizava cédulas de papel para registrar os votos

Felipe Oliveira Belchior / Don Carlos Leal
20/08/2025 19h30 - Atualizado há 9 horas
Qual sua opinião sobre o retorno do voto impresso nas eleições brasileiras?
Voto impresso volta ao debate político: saiba mais sobre divergências, obstáculos e possíveis impactos. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução

Brasília (DF) — A aprovação do voto impresso pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado reacendeu uma das mais controversas discussões do cenário político brasileiro. Incluído no projeto do novo Código Eleitoral, o mecanismo prevê que, após a confirmação do voto na urna eletrônica, um comprovante impresso seja gerado e depositado automaticamente em uma urna lacrada, sem contato manual do eleitor. Apesar da aprovação por 14 votos a 12 na CCJ, o projeto enfrenta obstáculos jurídicos e políticos que podem impedir sua implementação nas eleições de 2026. As principais divergências giram em torno de três eixos. Inconstitucionalidade reconhecida pelo STF: o Supremo Tribunal Federal já declarou o voto impresso inconstitucional em 2013 e 2020, alegando risco à violação do sigilo e liberdade do voto. Falta de consenso político: embora tenha apoio de parte da oposição, o relator do projeto, senador Marcelo Castro (MDB-PI), considera o texto inconstitucional e acredita que será rejeitado no plenário. Custo e viabilidade técnica: a implementação do voto impresso exigiria a adaptação das urnas eletrônicas, com estimativas anteriores apontando gastos de até R$ 2,5 bilhões em dez anos. Tecnicamente, há sim a chance de ser instaurado — mas com grandes barreiras. Para entrar em vigor, o projeto precisa ser aprovado pelo plenário do Senado, revisado pela Câmara dos Deputados e sancionado até outubro de 2025. Mesmo que isso ocorra, há forte possibilidade de nova judicialização, com o STF podendo barrar novamente a medida. Caso o voto impresso fosse instaurado, os impactos seriam significativos no cenário político. Polarização intensificada: a medida é defendida por grupos que questionam a confiabilidade das urnas eletrônicas, muitos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua aprovação poderia reacender tensões institucionais. Desconfiança institucional: a adoção do voto impresso poderia ser interpretada como uma crítica direta ao sistema eleitoral vigente, considerado seguro e auditável pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Judicialização e instabilidade: a medida abriria espaço para mais contestações judiciais e poderia gerar insegurança jurídica sobre os resultados eleitorais. Mudança na percepção pública: para parte da população, o voto impresso poderia representar maior transparência. Para outra, seria um retrocesso tecnológico e democrático.

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FONTE: POLITIZE
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