O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse ao Contexto Metrópoles que vai apresentar uma proposta para que o ex-presidente Jair Bolsonaro possa voltar a disputar as eleições presidenciais de 2026. Bolsonaro está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O plano é que a anistia ao ex-presidente também alcance essa decisão.
A prisão de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ressuscitou o projeto de anistia, que estava adormecido no Congresso.
Um dos políticos mais influentes do país, Ciro Nogueira disse que conversou com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre incluir a anistia na pauta de votação – uma prerrogativa apenas dos dois. Mas observou que os dois não funcionam sob pressão, e que o convencimento só virá com diálogo.
A bancada bolsonarista ocupa os plenários das duas Casas Legislativas desde segunda-feira (6/8), obstruindo as votações para forçar uma negociação com os dois presidentes. A ação, contudo, estressou Motta e Alcolumbre — a ponto de Motta se estranhar com o líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ).
Nogueira disse que sonha em ver Bolsonaro elegível: “Meu Deus, o meu sonho é que ele se tornasse elegível, que se corrija essa injustiça para que ele possa ser o nosso candidato e que o povo brasileiro possa escolher”, afirmou.
O senador visitou Bolsonaro, que está em prisão domiciliar. Ciro disse que a saúde do ex-presidente preocupa, e que ele está com vômitos constantes e soluços.
“Espero que o ministro Alexandre reveja o mais rápido possível [a prisão], principalmente no que diz respeito a médicos, que têm que ter total acesso a ele. Ele está com um problema sério de vômitos e soluços, e uma série de situações que comprometem a saúde dele. Ele não vai ser uma pessoa saudável, infelizmente, para o resto da vida”, disse.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso no âmbito de investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. Ele é acusado de participar de uma trama que envolvia militares, ex-ministros e aliados próximos, com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e manter-se no poder de forma ilegal.
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