25/02/2021 às 07h00min - Atualizada em 25/02/2021 às 07h00min
Setor de tecnologia de SC abre 2,5 mil novas vagas no ano da pandemia!
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O executivo mineiro Juliano Vital conseguiu emprego em fintech de Joinville para trabalho remoto (Foto: Acervo pessoal, divulgação) O setor de tecnologia de Santa Catarina foi um dos que tiveram impacto positivo na pandemia. Um dos exemplos disso, está no saldo positivo de 2.493 novos empregos no ano passado, segundo levantamento feito pelo Observatório da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) junto aos dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.
Como a demanda por soluções de tecnologia segue elevada, a oferta de emprego no setor também se mantém em alta neste novo ano. A média de novas vagas em 2020 ficou abaixo da registrada em 2019, quando o setor atingiu saldo positivo de 3.480 novos postos de trabalho no Estado, segundo a pesquisa Tech Report, da Acate.
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A entidade observou que em 2020, em função da quarentena, foram registradas duas importantes oscilações no emprego do setor em SC. Durante o lockdown, no mês de abril, o saldo ficou negativo em 1.099 vagas. Mas como a pandemia elevou as demandas do setor de tecnologia de um modo geral, em junho foram contratados 1.493 profissionais. Entre os profissionais que conseguiram novo emprego no ano passado para atuar em home office está Juliano Vital, de Minas Gerais. Ele participou da seleção à distância em outubro e foi contratado para o cargo de gerente de contas da fintech Asaas, de Joinville. Conseguiu uma vaga para trabalhar de casa, o que era um sonho dele. - A lição que eu tiro para mim durante toda essa experiência é que não importa o contexto que você esteja, uma oportunidade sempre pode surgir. Eu estava há quase um ano procurando uma oportunidade, e no pior cenário econômico, social e político, eu consegui um trabalho a mais de 700 km de distância – afirmou o executivo.
O vice-presidente de Talentos da associação, Moacir Marafon, explica que o isolamento social acabou acelerando a transformação digital em todos os setores da economia. Foram abertas mais vagas para as atividades de suporte técnico para tecnologia e desenvolvimento e licenciamento de programas para computação.
Sobre a oferta de novos postos de trabalho este ano, Marafon informa que o maior número é para desenvolvedor de software. Mas alerta que existem vagas porque há falta de profissionais qualificados. Como esse tem sido um problema quase permanente não só em SC, mas também no Brasil, a Acate, outras entidades e o setor público estão se mobilizando para formar mais pessoas.
Um dos exemplos de iniciativa diferenciada para qualificação é o DEVinHouse, programa entre o Senai/SC e a acate para formar desenvolvedores de sistemas. O concurso para as inscrições atraiu candidatos de todo o país no ano passado. Foram mais de 800 inscrições para 41 vagas.
Outro programa em andamento em SC para formar profissionais é o Entra21, iniciativa do Blusoft, braço da Acate em Blumenau. Ele forma 300 profissionais por ano. O governo catarinense, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, também estuda programa para formar profissionais na área.
Entre as empresas que tradicionalmente têm vagas abertas para profissionais de tecnologia está a Softplan, de Florianópolis. No ano passado, ela criou 245 novas vagas, das quais 154 foram antes da chegada da pandemia. Em Joinville, a fintech Asaas, que contratou Juliano Vidal, ampliou em 79% o número trabalhadores no ano – passou de 104 pra 186 no ano passado. O motivo principal foi a duplicação no número de clientes no pais, nas áreas de gestão de cobranças. A Supero Tecnologia, de Florianópolis, dobrou a equipe em 2020 para ampliar atendimento a indústrias. Passou de 91 profissionais para 182.
Um ponto alto no setor foi a geração de mais empregos em home office, tendência que continua este ano. Dezenas de empresas contrataram pessoas de forma online para trabalhar de casa. Assim, boa parte dos escritórios de empresas ficaram desocupados e seguem assim.
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O executivo mineiro Juliano Vital conseguiu emprego em fintech de Joinville para trabalho remoto (Foto: Acervo pessoal, divulgação).jpg)
