O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou nesta quarta-feira (2) apoio ao "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mensagem no X, horas antes do anúncio das novas tarifas do governo americano, no chamado "Dia da Libertação". Bolsonaro, que é aliado de Trump, aproveitou o tema para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou nesta quarta-feira (2) apoio ao "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mensagem no X, horas antes do anúncio das novas tarifas do governo americano, no chamado "Dia da Libertação". Bolsonaro, que é aliado de Trump, aproveitou o tema para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Uma eventual guerra comercial com os EUA não é uma estratégia inteligente e que preserva os interesses do povo brasileiro", afirmou Bolsonaro. "A única resposta razoável à tarifação recíproca dos EUA é o governo Lula extinguir a mentalidade socialista que impõe grandes tarifas aos produtos americanos, inviabilizando o povo brasileiro de ter acesso a produtos de qualidade mais baratos."
Bolsonaro prosseguiu, afirmando que Trump "está apenas protegendo o seu país deste vírus socialista" e que "dobrar a aposta e escalar a crise" com o segundo maior parceiro comercial do Brasil "não é uma resposta sábia".
O governo Lula tem apostado em negociações, mas os resultados ainda são incertos. Nesta terça-feira (1º), o Senado aprovou por unanimidade o chamado PL da Reciprocidade, que autoriza o governo brasileiro a impor medidas comerciais contra países que determinem barreiras aos produtos do Brasil no mercado global, como a dos EUA.
Bolsonaro disse ainda que, em 2019, quando estava na Presidência, teve sucesso ao negociar com o homólogo americano no momento em que os EUA impunham tarifas sobre o aço. Segundo o ex-presidente, as taxações não foram aplicadas ao produto brasileiro "graças ao diálogo" com Trump e às "relações diplomáticas sólidas" construídas em sua gestão.
Apesar de aliados sugerirem que a identificação entre os dois ajudou o Brasil, Bolsonaro afirmou que a diferença foi que seu governo teve "uma política externa bem conduzida, com os pés no chão e voltada para os interesses nacionais" e negou motivações ideológicas. Segundo ele, Lula hoje não tem "qualquer canal aberto para defender os interesses do Brasil" e "transformou diplomacia em militância ideológica".
A despeito dos laços com o presidente brasileiro de então, Trump adotou em 2020, pouco antes de ser derrotado na tentativa de reeleição, novas barreiras aos produtos siderúrgicos brasileiros, o que não foi mencionado por Bolsonaro na postagem de agora. "Eu apostei na diplomacia, não no conflito", afirmou Bolsonaro sobre sua atuação no episódio de 2019.
A política externa do ex-presidente, no entanto, sofreu críticas por ser vista como pouco pragmática, privilegiando parceiros comerciais a partir de questões ideológicas e aprofundando o isolamento brasileiro, sobretudo em relação aos países da América Latina e do chamado "Sul Global".
Eduardo diz que votaria contra projeto
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se afastou do mandato para ficar nos EUA e articular medidas em defesa do pai e contra o Judiciário brasileiro, afirmou que, se estivesse em atividade parlamentar, votaria contra o projeto de lei que autoriza o governo a retaliar o "tarifaço". O texto do chamado PL da Reciprocidade foi aprovado no Senado e deve ser votado pelo Congresso nesta semana.
Numa postagem no X (antigo Twitter), o filho do ex-presidente afirmou que a aprovação do projeto sinalizaria "o início de uma guerra comercial contra os EUA" e, em linha com o pai, argumentou que "o único prejudicado com esta política conflituosa seria o povo brasileiro".
O deputado relacionou a discussão ao que chamou de ímpeto de "socialistas como Lula" em impor tributação para sustentar "governos gigantescos". Disse que Trump apenas busca equiparar o tratamento dado pelo Brasil aos produtos americanos. "No final das contas, EUA vai [sic] apenas elevar suas tarifas para os mesmos patamares das tarifas que eles já pagam hoje para entrar no Brasil. Não é retaliação, isso se chama reciprocidade", escreveu.
Enumerando críticas à carga de impostos no Brasil, Eduardo afirmou que não irá "defender a mentalidade tributária socialista, sob a falsa bandeira da proteção da indústria nacional, para manter essa imensa e pesada carga tributária, que esmaga o poder de compra do brasileiro". Em contraponto aos governistas que defendem a aprovação do projeto, ele disse que "injetar mais pressão tributária, sob a falsa bandeira da proteção da economia nacional, só irá agravar o estado moribundo" da economia brasileira.
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