Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram de um ato em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pediu a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro em Brasília, quando instituições da República foram vandalizadas.
“E deixo claro aqui, esse 50% [de apoio ao projeto] não é PL, não. Tem gente boa em todos os partidos. Eu, inclusive, há poucos dias tive um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão vindo”, afirmou durante ato pela aprovação da proposta, no Rio de Janeiro.
Apoiadores de Jair Bolsonaro participaram de um ato em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pediu a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro em Brasília, quando instituições da República foram vandalizadas.
Além do ex-presidente, participaram do ato o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o de São Paulo, Tarcísio Freitas, o de Santa Catarina , Jorginho Mello, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes.
Também estiveram presentes os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o pastor Silas Malafaia, coordenador do evento, entre outros.
Por volta das 11:30, o ex-presidente Bolsonaro começou a discursar e pediu anistia para os presos pelos atos, criticou a gestão do presidente Lula, fazendo comparações com o seu governo.
"Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham intenção, e nem poder pra fazer aquilo que estão sendo acusados", disse o ex-presidente. Ele mencionou o nome de algumas das mulheres condenadas e questionou os crimes imputados a elas. "Quem foi a liderança dessas pessoas? Não tiveram. Foram atraídas pra uma armadilha."
Em discurso, o governador Cláudio Castro afirmou que "esse governo que tá aí tem usado pessoas inocentes presas como forma de deixar militância unida". Ele se voltou aos manifestantes e perguntou quem era do Rio de Janeiro e quem tinha ido de graça até ali. "Presidente, esse povo veio de graça para pedir anistia já. O Rio de Janeiro clama ao Brasil: “anistia, anistia!”
O governador de São Paulo também pediu anistia. "A gente tá aqui no dia de hoje pra lutar pela liberdade", disse Tarcísio de Freitas. "A gente está aqui pra exigir a anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas." Ele citou alguns dos nomes dos condenados e disse que eles nada fizeram. "Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de se opor."
O protesto aconteceu uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República que pode tornar Bolsonaro réu.
O ato é visto como uma tentativa de pressionar o Congresso para que o projeto de anistia seja aprovado na Câmara e no Senado. No carro de som, os manifestantes também pediram a saída do presidente Lula e a volta de Jair Bolsonaro ao poder. O ex-presidente foi condenado em 2 processos na justiça eleitoral e está inelegível até 2030.
Condenações
Até o momento, 481 pessoas foram condenadas pelo STF por envolvimento no ato. Dessas, 255 tiveram suas ações classificadas como graves. Oito dos investigados foram absolvidos.
As penas por crimes graves chegam a 17 anos e 6 meses de prisão por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado.
As penas menores são de um ano por crimes como associação criminosa e incitação ao crime que são substituídas por restrição de direitos.
O ataque
O ataque de 8 de janeiro de 2023 pôs à prova os Três Poderes. Manifestantes convocados nas redes sociais chegaram a Brasília em dezenas de caravanas financiadas por terceiros - e se juntaram a radicais acampados em frente ao quartel general do Exército havia meses.
Por decisão do STF, 84 estão presos preventivamente (condenados e sem chances de recursos), 55 provisoriamente, e outros cinco em prisão domiciliar. Ao todo, 61 suspeitos são considerados foragidos.
De acordo com o STF, foram feitos 542 acordos de não persecução penal, quando os investigados confessam os crimes, cumprem medidas alternativas em troca de não serem julgados.
Esse acordo foi oferecido para quem cometeu crimes de menor gravidade, como aqueles que estavam acampados no QG do Exército e defende intervenção militar, o que é inconstitucional.
Destruição
A Advocacia-Geral da União aponta que os ataques causaram um prejuízo de R$ 26,2 milhões ao patrimônio público. Contudo, há danos inestimáveis ao patrimônio histórico e cultural, já que obras e bens foram declarados irrecuperáveis.
Somente no Senado Federal, o dano foi de R$ 3,5 milhões. Já na Câmara dos Deputados, o prejuízo ultrapassa R$ 3 milhões e no Palácio do Planalto os danos superam R$ 9 milhões, apenas com obras de arte.
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