Na sua opinião, quem deve substituir Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados?
Em entrevista, Lira reabilitou Bolsonaro e insinuou que o navio de Lula pode afundar
Josias de Souza / Don Carlos Leal
31/01/2025 09h14 - Atualizado há 6 dias
O presidente Lula (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). - Imagem: Reprodução
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Em entrevista ao programa Entrelinhas, o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, destacou sua posição contrária a acordos políticos com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF). "O que a gente representa é aquilo que o eleitor brasileiro espera da Câmara, desde as eleições de 2022, quando foi eleito o maior Congresso conservador dos últimos anos", afirmou.
Neste sábado (1º), a Câmara dos Deputados realiza seu processo eleitoral para compor a nova Mesa Diretora, encerrando os quatro anos de condução do presidente Arthur Lira (PP-AL). Três deputados disputam a cadeira: seu indicado à sucessão, Hugo Motta (Republicanos-PB), concorre com o deputado bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS) e com o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), um dos vice-líderes do governo na Casa. Os três são jovens, na faixa dos 30 anos. Com exceção da federação Psol-Rede e do Novo, os demais partidos declararam apoio à candidatura de Hugo Motta nos últimos meses de 2024, consolidando uma base que pode chegar a 494 deputados. O voto, porém, é secreto, havendo margem para dissidências entre os parlamentares. O Psol e o Novo possuem histórico de lançar candidatos à presidência da Câmara, mesmo sem chances de vencer, para, ao mesmo tempo, divulgar suas principais pautas e não avalizar candidatos com os quais possuem discordâncias programáticas ou ideológicas. Segundo o jornalista Josias de Souza, ''na véspera de deixar o trono, o soberano da Câmara Arthur Lira concedeu duas entrevistas, onde disse que temos Lula e Bolsonaro como únicos candidatos da esquerda e da direita, e que Bolsonaro está tão inelegível quanto Lula esteve preso em 2018. Lira tratou o projeto Lula-2026 como um Titanic na rota do iceberg: "Ninguém embarca em um navio se sabe que vai naufragar." Lira acha que Lula 3 chega à segunda metade do mandato fraco, muito fraco, fraquíssimo. "O governo não aguentou um tapa do Nikolas" [Ferreira], disse Lira, referindo-se ao nocaute do Pix. O Congresso, vitaminado pelas emendas, assumiu o "protagonismo". Lira foi ao ponto: "Quem decide para onde vai o dinheiro decide o poder." O Supremo e a Polícia Federal vasculham o porão das emendas. Lira ergue a lança: "Tudo que o Brasil não precisa é de crise institucional. Lira aconselha Lula a realizar uma reforma ampla da estrutura ministerial -do "primeiro andar" à "cobertura".
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FONTE: UOL
