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​Duas pessoas morrem por falta de ambulância do Samu em São Vicente; prefeitura nega

Casos semelhantes ocorrem em todo o Brasil. Em janeiro de 2019, uma médica e dois atendentes foram demitidos por negar atendimento com ambulância na cidade de Espírito Santo do Pinhal

Por G1 São Carlos e Araraquara / Don Carlos Leal
17/01/2025 02h22 - Atualizado há 5 dias
​Duas pessoas morrem por falta de ambulância do Samu em São Vicente; prefeitura nega
A Prefeitura de São Vicente negou as mortes, afirmando que não houve registros de óbitos comprovados por demora no atendimento do Samu. - Foto: Reprodução
Na madrugada da quarta-feira (8), duas pessoas morreram em São Vicente, no litoral de São Paulo, por falta de ambulância do Samu. Segundo denúncias, a cidade estava operando com apenas duas ambulâncias devido à falta de manutenção e à falta de aluguel de veículos adicionais. Isso resultou em atrasos no atendimento, e duas pessoas acabaram falecendo enquanto aguardavam ajuda médica.

A Prefeitura de São Vicente negou as mortes, afirmando que não houve registros de óbitos comprovados por demora no atendimento do Samu. No entanto, a denúncia foi feita por um profissional da saúde que alertou sobre a situação crítica da frota de ambulâncias na cidade.

Em janeiro de 2019, uma médica e dois atendentes foram demitidos por negar atendimento com ambulância: 'Samu não é táxi'. O caso ocorreu na cidade de Espírito Santo do Pinhal, em São Paulo, quando um idoso de 78 anos morreu 12 horas depois das ligações.

Em áudio particular gravado pelo vizinho e obtido pelo G1, o homem pergunta sobre o serviço mais de uma vez e a mulher explica que já havia conversado com a esposa do paciente e a responsabilidade era do município:

Vizinho: Doutora Vera, é o seguinte. Foi solicitado uma ambulância para dirigir o ‘seu’ Geraldo ao hospital, que ele não ‘tá’ passando bem.
Médica: Eu já conversei com a esposa, tá bom? Quando o vizinho liga a gente pede para chamar o familiar.
Vizinho: Não, sim... Só que é o seguinte, ele ‘tá’ passando mal.
Médica: Você pode levar por conta própria. Você tem carro? Você pode levar.
Vizinho: Eu tenho carro, só que se eu tivesse o carro e eu ‘tivesse’ lá perto dele eu já tinha levado né doutora, não ‘tava’ solicitando vocês.
Médica: É que no caso dele eu já conversei com a esposa que é responsável por ele. Eu não posso falar com você.
Vizinho: A senhora vai negar o transporte? É só isso que eu quero saber.
Médica: Não, mas o Samu não é transporte, Samu não é táxi. Eu vou te explicar o que aconteceu com ele: a esposa dele deu café preto com queijo, aí ele pegou e vomitou três vezes. Nem diarreia ele está. Não é caso para ambulância do Samu.
Vizinho: Ah, então ‘tá’ bom.

Comissão analisou a gravação
Segundo o presidente do Consórcio de Desenvolvimento da Região de São João da Boa Vista (Conderg), Amarildo Duzi Moraes, a decisão foi tomada a partir da análise das gravações completas das ligações e de depoimentos de servidores relacionados ao Samu. O Samu Regional de São João atende 10 cidades.

O processo administrativo para que a comissão avaliasse a conduta da médica e dos atendentes foi instaurado no dia seguinte ao ocorrido.

“Ouvindo essas pessoas, ouvindo as gravações, esse conjunto de provas, a comissão de forma unânime propôs a demissão por justa causa por descumprimento no protocolo do Samu no atendimento. E a superintendência acatou integralmente o que eles propuseram, conforme previsto na legislação”, disse.

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FONTE: G1
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