05/12/2024 às 08h24min - Atualizada em 05/12/2024 às 08h24min
Presidente da Comissão Europeia confirma presença na cúpula do Mercosul e indica conclusão de acordo histórico
Ursula Von Der Leyen já está em Montevidéu para cúpula do Mercosul; tratado UE-Mercosul está sendo negociado há 25 anos
Daniel Rittner / Renata Varandas / Don Carlos Leal
CNN
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. - Foto: Yves Herman / Reuters / Reprodução A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, chegou no Uruguai. Ela saiu de Bruxelas e vai participar pessoalmente da reunião de cúpula do Mercosul, que ocorre na sexta-feira (6), em Montevidéu. A informação foi confirmada à CNN por fontes de três países diferentes e sinaliza que o acordo de livre comércio entre União Europeia (UE) e Mercosul, negociado exaustivamente ao longo dos últimos 25 anos, será finalmente anunciado.
O diplomata eslovaco Maros Sefcovic, que assumiu há dias como comissário de Comércio da UE, também faz parte da comitiva a caminho de Montevidéu. A presença de Von Der Leyen na reunião era incerta até hoje. Ela não havia sinalizado aos sócios do bloco sul-americano, incluindo o Brasil, se viria ou não.
Tudo dependia do processo de consultas aos 27 países-membros da UE. A França é abertamente contrária. Outros europeus — como Polônia, Áustria e Irlanda — também são críticos ao acordo comercial. Já países como Alemanha, Espanha, Portugal e Suécia têm se engajado pela conclusão das discussões.
O tratado UE-Mercosul teve uma rodada decisiva de negociações na semana passada, em Brasília, na qual as divergências foram reduzidas de cinco ou seis pontos para apenas dois. Pessoas diretamente envolvidas nas tratativas, era “um ponto e meio” em aberto — um ponto mais importante é outro mais facilmente superável.
No entanto, as conversas foram consideradas esgotadas do ponto de vista técnico e passaram a depender de decisão na máxima instância política. Isso envolvia um aval da própria Von Der Leyen e dos presidentes dos países do Mercosul, que também querem o acordo. Uma vez fechado, o tratado de livre comércio precisa passar ainda por revisão jurídica e tradução oficial para todos os idiomas da UE.
Com isso, o texto finalmente fica pronto para assinatura. Em seguida, vai para deliberação do Conselho Europeu — que reúne os governos de cada país. Ali, precisa ser aprovado por 55% dos países, que representem 65% da população total do bloco. A França, sozinha ou com poucos aliados, não tem poder suficiente para barrar o avanço do acordo.
Depois, o tratado ainda precisaria ser ratificado pelo Parlamento Europeu. Os capítulos de cooperação política e ambiental ainda dependem de ratificação nos legislativos de cada país. A parte comercial do acordo não depende desse processo.
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