20/11/2024 às 10h13min - Atualizada em 20/11/2024 às 10h13min
Flávio Bolsonaro cobra anistia irrestrita e alerta Moraes: ‘Quando tivermos maioria, vamos cassar seu mandato’
A afirmação veio após a operação da Polícia Federal sobre suspeita tentativa de assasinat0s
Leonardo Rodrigues / Don CarlosLeal
ISTO É
Flávio Bolsonaro sobre Moraes: 'Ele vai ser impedido pelos diversos crimes que vem cometendo“. - Foto: Reprodução O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que, se uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023 — que deve incluir seu pai no pacote — não for aprovada no Congresso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) sofrerá um impeachment quando o bolsonarismo “tiver maioria” no Senado.
“Moraes tem duas opções: ou a gente aprova a anistia ampla, geral e irrestrita, e algum parlamentar faz uma emenda para incluir ele [ministro] nessa anistia, porque ele cometeu crimes, ou a gente da mesma forma vai aprovar a anistia e, quando tivermos maioria nesse Senado, vamos cassar o Alexandre de Moraes. Ele vai ser impedido pelos diversos crimes que vem cometendo“, disse Flávio nesta terça-feira (19), no Senado.
O impeachment do magistrado é uma bandeira do bolsonarismo, que trabalha para conquistar dois terços do Senado (54 vagas) nas eleições de 2026, número de votos exigido para cassar o mandato de um ministro do Supremo.
As circunstâncias
Horas antes do pronunciamento, a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, prendendo quatro militares do Exército e um policial federal preventivamente por suspeita de participar de uma tentativa de golpe de Estado em que o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes seriam executad0s em dezembro de 2022 e Bolsonaro seguiria no poder. A operação foi autorizada pelo ministro.
Mais cedo, Flávio se limitou a reagir ao mérito do que foi apurado pelos policiais, afirmando que “pensar em mat4r alguém não é cr1me”. No Senado, usou a Contragolpe para colar em Moraes a pecha de “perseguidor político”, descredibilizando a investigação para fazer campanha pela anistia, que tem caminho obstruído tanto no Judiciário quanto no Legislativo.
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