07/10/2024 às 07h26min - Atualizada em 08/10/2024 às 00h03min
Pablo Marçal pode ser preso após derrota nas eleições de SP?
Além de não avançar para o segundo turno das eleições municipais, Marçal enfrentará ações criminais e eleitorais na Justiça
Hugo Henud / Don CarlosLeal
TERRA
Pablo Marçal ficou em terceiro lugar nas eleições de São Paulo; segundo turno será disputado por Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). - Foto: Alex Silva / Estadão / Reprodução Pablo Marçal (PRTB) não apenas não avançou para o segundo turno das eleições municipais de São Paulo, como também agora enfrentará diversos desafios na Justiça. O ex-coach é alvo de ações nas esferas eleitoral e criminal, sendo a mais recente a acusação de divulgar um laudo falso para atacar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) - caso que pode torná-lo inelegível por até oito anos, além de resultar em uma possível pena de prisão por crime contra a honra e falsificação de documento. Veja o que pode acontecer com Marçal a partir de agora. Se a Justiça Eleitoral reconhecer que o laudo usado por Marçal para atacar Guilherme Boulos na véspera da eleição é falso, como já atestou a Polícia Civil, ele pode se tornar inelegível por até oito anos e enfrentar até três anos de prisão por crime contra a honra, além de responder pela falsificação de documento, cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão. Marçal pode ser enquadrado por crimes eleitorais, como uso indevido dos meios de comunicação, injúria, calúnia, difamação eleitoral, falsidade documental para fins eleitorais, divulgação de informação inverídica e até associação criminosa, conforme apontam advogados especializados em direito eleitoral. Agora que Pablo Marçal não avançou para o segundo turno, ele não está mais protegido pelas regras da Lei Eleitoral que proíbem a prisão de candidatos durante o período eleitoral. Portanto, caso a Justiça determine, Marçal pode ser preso, especialmente se for comprovada sua participação em crimes como falsificação de documentos e crime contra a honra, relacionados à divulgação do laudo falso contra Boulos. Esses crimes podem levar à prisão, dependendo das investigações e decisões judiciais. Advogados veem paralelos entre o caso de Marçal e os que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado estadual Fernando Francischini, ambos condenados por uso indevido dos meios de comunicação e disseminação de fake news. Essas condenações criaram precedentes que podem ser aplicados a Marçal.
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