Na sua opinião, o suicídio assistido é uma questão legal ou moral?

De acordo com o artigo 122 do Código Penal brasileiro, é crime "induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar auxílio para que o faça

Philip Nitschke inventou o equipamento chamado "Sarco", para morte assistida. - Foto: Reprodução

Moralmente, as opiniões sobre o suicídio assistido variam amplamente. Algumas pessoas acreditam que o procedimento pode ser uma forma de respeitar a autonomia e a dignidade de uma pessoa que está sofrendo de uma doença terminal ou de dor insuportável. Elas argumentam que, em tais casos, permitir que alguém escolha o momento e a maneira de sua morte pode ser um ato de compaixão e respeito pela vontade individual. Por outro lado, há quem veja o suicídio assistido como moralmente errado, independentemente das circunstâncias. Essas pessoas podem acreditar que a vida deve ser preservada a todo custo e que permitir o suicídio assistido pode abrir precedentes perigosos para a sociedade. Legalmente, a situação varia de país para país. Em alguns lugares, como na Suíça e em certos estados dos EUA, o suicídio assistido é permitido sob condições rigorosas. No Brasil, no entanto, ele ainda é um tema altamente controverso e não é legalizado. Filosoficamente, o debate também é intenso. Alguns filósofos defendem o direito à morte digna como uma extensão dos direitos humanos, enquanto outros argumentam que a vida tem um valor intrínseco que não deve ser violado. Na última terça-feira (24), a Suíça testemunhou a primeira utilização de uma "cápsula de suicídio", um dispositivo projetado para permitir que uma pessoa termine a própria vida sem assistência médica. O caso resultou na prisão de várias pessoas e abriu um debate sobre o uso de tecnologia para fins de eutanásia. Apesar de o suicídio assistido ser permitido no país sob condições rigorosas, o dispositivo "Sarco" foi classificado como ilegal pelas autoridades. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos de suicídio, lembre-se de que você não está sozinho. Falar sobre o que está sentindo pode ser o primeiro passo para encontrar ajuda e apoio. Procure amigos, familiares ou profissionais de saúde mental. Ligue 188 (Centro de Valorização da Vida - CVV) ou busque ajuda especializada. 

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