23/08/2024 às 15h07min - Atualizada em 23/08/2024 às 15h07min
EUA, UE e países da América Latina rejeitam decisão da Justiça da Venezuela sobre vitória de Maduro
Brasil não vai reconhecer o resultado sem atas eleitorais
Redação Terra / Don Carlos Leal
PORTAL TERRA
Fontes do governo afirmaram que o Brasil manterá seu posicionamento de não reconhecer a vitória de Maduro na Venezuela enquanto as atas eleitorais não forem divulgadas. - Foto: Wilton Junior / Estadao / Reprodução Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da OEA (Organização dos Estados Americanos), rejeitaram nesta sexta-feira (23) a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de respaldar a vitória do presidente do país, Nicolás Maduro, nas eleições venezuelanas realizadas em junho.
Na quinta-feira (22), o TSJ, a mais alta corte da Venezuela e aliada de Maduro, disse em uma sentença reconhecer a vitória do presidente venezuelano no pleito de julho, respaldando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE, a Justiça eleitoral do país), também comandada por um partidário de Maduro. No entanto, o TSJ também não apresentou a contagem de votos, o que vem sendo pedido pela oposição e pela comunidade internacional.
Fontes do governo afirmaram que o Brasil manterá seu posicionamento de não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela enquanto as atas eleitorais não forem divulgadas. De acordo com informações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversará com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a crise na Venezuela que se instaurou após as eleições presidenciais. O encontro deve ocorrer ao longo deste fim de semana.
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O objetivo do encontro entre Lula e Petro é que, desta vez, tanto Brasil quanto a Colômbia pressionem de forma conjunta pela apresentação pública das atas eleitorais, que ainda não foram divulgadas. Contudo, por determinação da justiça venezuelana, os dados serão mantidos em sigilo, o que pode dificultar ainda mais o atendimento às exigências que Brasil, Colômbia e outros países estão solicitando.
Em audiência pública na semana passada, o assessor-chefe especial da Presidência da República, Celso Amorim, cobrou novamente que as atas fossem divulgadas para que o Brasil reconhecesse ou não a vitória de Nicolás Maduro. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, ele foi reeleito para um terceiro mandato com 51,95% dos votos, enquanto seu adversário, González Urrutia, obteve 43,18% dos votos.
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