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12/07/2024 às 08h51min - Atualizada em 12/07/2024 às 08h51min

Ramagem, Carlos e Flávio Bolsonaro negam acusações sobre ''Abin Paralela''

Manuel Marçal / Don Carlos Leal
O TEMPO
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou o relatório da PF e falou em perseguição política. - Foto: Senado Federal do Brasil / Reprodução
Apenas dois dos três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) investigados pela Polícia Federal (PF) no caso da chamada “Abin Paralela” se manifestaram sobre as acusações de que teriam se beneficiado do esquema ilegal de espionagem da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O relatório da PF mostra que o suposto esquema foi utilizado para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), e do pré-candidato a vereador de Balneário Camboriú (SC) Renan Bolsonaro.  Apenas Renan, o filho 04 do ex-presidente, não se pronunciou até o momento sobre a apuração da PF. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho 02, não é alvo das investigações. 

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também negou as acusações da PF e criticou a operação. Homem de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. 

Os nomes de Ramagem e Jair Bolsonaro constam no relatório da PF, mas eles não foram alvos da quarta fase da operação Última Milha, deflagrada pela PF na quinta-feira (11). Os agentes prenderam militares, policiais federais e ex-servidores envolvidos no esquema ilegal de espionagem. 

Segundo a PF, as provas indicam que o "grupo criminoso" criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços do órgão do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático.  A corporação apontou ainda a “instrumentalização da Abin para proveito pessoal” ao monitorar pessoas ligadas às investigações envolvendo familiares de Jair Bolsonaro, quando ele era presidente da República.  

Caso das 'rachadinhas': o que diz a PF, Flávio Bolsonaro e Ramagem 
A investigação da PF menciona uma espionagem ilegal contra três auditores fiscais da Receita Federal, responsáveis por produzir os relatórios que originaram a investigação sobre o suposto desvio de parte dos salários dos funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual.

A PF também encontrou um áudio de uma reunião entre Jair Bolsonaro, o então diretor da Abin Alexandre Ramagem, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da época, General Augusto Heleno. Na conversa, discutiam formas de monitorar os auditores da Receita para proteger Flávio, conhecido como o filho 01 do presidente.

Em nota, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro afirmou que ele não teve qualquer relação com a Agência. "Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro". 

Depois, o senador publicou um vídeo nas redes sociais se defendendo. “Fui vítima de um crime cometido por pessoas de dentro da Polícia Federal. No governo do presidente Jair Bolsonaro, meu habeas data, para saber quem andou buscando meus dados sigilosos, foi indeferido. Então se o presidente tivesse interferido em alguma coisa, eu não precisaria entrar na Justiça", declarou Flávio. 

Por sua vez, Alexandre Ramagem usou as redes sociais para dizer que os áudios reforçam que não houve interferência no caso de Flávio Bolsonaro sobre a suposta prática de "rachadinha".  

“Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas. O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriram, parece ter ficado de lado", disse o deputado.

"A aquisição foi regular, com parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos, exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria. A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin”, escreveu Ramagem pelo X (antigo Twitter). 

Segundo a PF, “neste áudio é possível identificar a atuação do Del. Alexandre Ramagem indicando, em suma, que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”. 

Na reunião, segundo a PF, estava também a advogada de Flávio Bolsonaro. A gravação de uma hora e oito minutos é do dia 25 de agosto de 2020. 

Gabinete do ódio: o que diz Carlos Bolsonaro, Ramagem e a PF 
Um dos alvos das operações de busca e apreensão da quarta fase da operação Última Milha foi um grupo de ex-assessores de Carlos Bolsonaro e influenciadores digitais que atuavam no chamado "gabinete do ódio". Esse grupo seria responsável por coordenar ataques nas redes sociais contra adversários políticos do ex-presidente da República.

Segundo a Polícia Federal, os alvos da organização criminosa incluíam membros do Judiciário, congressistas e jornalistas. O relatório destaca que a disseminação de desinformação ocorria com a devida "marcação" de integrantes do "Núcleo-Político CB - Carlos Bolsonaro".

Pelas redes sociais, o filho 03 do ex-presidente ironizou a operação da PF realizada na quinta-feira (11), comparando o Brasil à Venezuela e insinuando que a imprensa nacional é controlada pelo governo da gestão petista.

“Pronto. Tuuuuuudo de novo e vamos de controle da NASA, bilhões para comprar aparelho de GPS e mais 10 trilhões para comprar uma pasta de dente. Só tabelar com a imprensa militante e abafa todos os escândalos do Lula de novo. Enquanto isso o tal “gabinete da ousadia” comprovadamente do ódio para atacar adversários e com esquemas de ligações com dinheiro público…. A Venezuela segue pulsante!”, escreveu.  

Alexandre Ramagem também criticou a operação ao dizer que a lista dos nomes supostamente monitorados foi divulgada para “criar alvoroço".  

“Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas, na verdade, não. Não se encontram em Fisrt Mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade”, ressaltou o deputado federal e ex-diretor-geral da Abin.  

Na publicação ele deu a entender que sofre perseguição política, uma vez que é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. “No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”, destacou.

Tráfico de influência: o que diz a PF sobre Jair Renan  
Outro caso que envolve um familiar do ex-presidente, citado pela PF, é a criação de provas a favor de Jair Renan. Em 2021, o filho 04 do ex-presidente era investigado por tráfico de influência.  

Dessa forma, a “Abin Paralela”, segundo as investigações da PF, tinha o propósito de “fazer prova em benefício ao investigado Renan Bolsonaro”, que recebeu um “veículo elétrico para beneficiar empresários do ramo de exploração minerária”. 

O esquema ilegal monitorou Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan, e Luís Felipe Belmonte, empresário envolvido no caso. A defesa do filho 04 até o momento não se posicionou sobre o relatório da PF.  

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