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21/06/2024 às 15h47min - Atualizada em 22/06/2024 às 00h03min

Após tantos casos de violência, nossos filhos estão seguros dentro das escolas?

Somente em 2022 e 2023, número de ataques em escolas no Brasil superou os registrados nos 20 anos anteriores

Redação BBC / Don Carlos Leal
BBC NEWS
Para a pesquisadora Michele Prado, não há uma razão única para a radicalização e os agressores têm perfis radicalizados distintos. - Imagem: Fernando Frazão / Agência Brasil / Reprodução
Após a explosão de casos de casos de violência dentro das escolas brasileiras no ano passado, a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou a Operação Escola Segura em cinco estados para combater ameaças de ataques a escolas. À época, dez adolescentes, com idades entre 11 e 17 anos, foram apreendidos por envolvimento em planejamentos de ataques. As medidas incluíram internações provisórias, busca e apreensão domiciliar e afastamento de sigilo de dados. Além disso, a operação atuou de forma preventiva e repressiva, com 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública. O Governo Federal também criou um canal de denúncias para combater esses ataques. O ataque a uma creche em Blumenau (SC), que deixou quatro crianças mortas há um ano, é mais um exemplo trágico de uma estatística alarmante: somente em 2022 e 2023, o número de ataques em escolas no Brasil superou o total registrado nos 20 anos anteriores, segundo pesquisadores. Nesta semana, um aluno ameaçou uma funcionária com faca dentro de uma escola em Timbó-SC. Felizmente ninguém se machucou e o jovem foi levado à delegacia, junto com os pais e o Conselho Tutelar da cidade. Todos precisam se unir para criar um ambiente saudável e proteger alunos, professores e funcionários. Algumas iniciativas podem prevenir e promover a segurança nas escolas: professores podem coordenar reuniões com os envolvidos em conflitos para encontrar soluções conjuntas, mantendo imparcialidade e facilitando a comunicação; promover valores humanos, educação para direitos humanos e práticas restaurativas; evitar abordagens superficiais, como apenas desenhos ou músicas, e focar em mudanças reais; ensinar alunos a se relacionarem de forma clara e empática, abandonando julgamentos e polarizações; abordar a necessidade de pertencimento e importância dos agressores, integrando sentimentos de vergonha e culpa à identidade; capacitar alunos para identificar casos de bullying e prevenir violências.

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