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08/06/2024 às 17h31min - Atualizada em 08/06/2024 às 17h31min

Após polêmica, Conab pede que bolsas comprovem capacidade técnica de vencedoras do leilão de arroz

Determinação é do presidente do órgão, Edgar Pretto, diante das dúvidas e repercussões a partir da divulgação do resultado do leilão, realizado pelo órgão na última quinta-feira (6)

Lucas Schroeder / Fernando Nakagawa / Don Carlos Leal
DRC
As Bolsas de Mercadorias e Cereais atuaram na intermediação da compra do produto por parte do governo federal.. - Imagem: Pixabay / Reprodução
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, neste sábado (8), que vai convocar as Bolsas de Mercadorias e Cereais para apresentar comprovações de capacidade técnica e financeira das empresas que representaram e saíram vencedoras dos respectivos lotes no leilão para compra de arroz beneficiado importado. As Bolsas de Mercadorias e Cereais atuaram na intermediação da compra do produto por parte do governo federal.

A determinação é do presidente do órgão, Edgar Pretto, diante das dúvidas e repercussões a partir da divulgação do resultado do leilão, realizado pela Conab na última quinta-feira (6). “A transparência e a segurança jurídica são princípios inegociáveis e a Conab está atenta para garantir segurança jurídica e solidez nessa grande operação”, afirmou o presidente da companhia.

Lotes vendidos
Em uma hora, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) conseguiu interessados para 17 dos 28 lotes de compra listados no edital. Praticamente não houve disputa entre os vendedores. Dos 17 lotes comprados, só houve mais de uma oferta em duas ocasiões.

Arroz de que tipo?
Os grãos adquiridos são do tipo longo fino beneficiado tipo 1. O edital cita que produto deverá ter aspecto, cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino tipo 1, sendo vedada a aquisição de arroz aromático.

Quanto foi?
Quatro empresas se comprometeram a entregar o arroz a um preço de R$ 5 o quilo ao governo federal. Quando chegar aos estoques públicos, o cereal será vendido ao consumidor por R$ 4 o quilo. A diferença será paga pelos cofres públicos. O subsídio é chamado de subvenção.

Desconto no leilão
O preço final de compra variou muito pouco. Em 14 lotes, o preço final de compra foi exatamente os R$ 5 previstos. Em um lote, houve desconto de R$ 0,01 por quilo. Em outros dois, o desconto foi de R$ 0,0101.

Embalagem
O arroz chegará ao Brasil já embalado em pacotes de 5 quilos. Esse pacote deve ser transparente e incolor para permitir a visualização dos grãos. Além disso, o edital prevê que deverá ser impressa uma “logomarca a ser especificada”.
Inicialmente, o governo previa a frase “Adquirido pelo Governo Federal” com a marca do governo, mas o texto foi alterado.

Quem vendeu?
Quatro empresas venceram o leilão e vão vender o arroz ao governo. Entre elas, há uma empresa de locação de veículos, mas que tem entre as atividades secundárias o comércio atacadista de cereais e leguminosas.

As empresas que venderão o arroz ao governo são: Zafira Trading Ltda, Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, Wisley A De Souza Ltda e ASR Locação de Veículos e Máquinas Ltda.

Entrega
Os produtos deverão ser entregues ao governo até o dia 8 de setembro em 11 estados diferentes: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.

Validade
O arroz adquirido pelo governo deverá ter vencimento em pelo menos 300 dias a partir da data da entrega.

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