O que representa o leilão para a importação de arroz no Brasil?

Segundo a Conab, o arroz importado pelo governo será vendido ao consumidor por até R$ 4 o quilo

A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos.. - Imagem: Ilustrativa / Reprodução

Após enchentes no Rio Grande do Sul, que destruíram parte das lavouras, o governo anunciou medidas para garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no país. O primeiro leilão está marcado para a próxima terça-feira (21) e adquirirá 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para vários estados brasileiros. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 por quilo. Ainda na sexta-feira (17), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país. Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), expressou críticas à decisão do governo de editar uma medida provisória para importar arroz em meio à crise no estado, descrevendo-a como “desnecessária”. Em entrevista, Pereira apontou que o Brasil produziu cerca de 10,25 milhões de toneladas de arroz em 2023, quantidade suficiente para suprir a demanda interna, com expectativas de aumento para cerca de 10,5 milhões neste ano. Apesar dos alagamentos que atingiram o Rio Grande do Sul, estima-se que 84% das lavouras já haviam sido colhidas quando a crise começou. Pereira indicou que é difícil mensurar as perdas nos armazéns de arroz, mas sugeriu que devem ser pontuais.

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