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16/05/2024 às 12h10min - Atualizada em 16/05/2024 às 12h10min

Municípios do CIMVI destacam os avanços na destinação de resíduos sólidos à reciclagem

Dia Internacional da Reciclagem revela que, apesar dos significativos avanços no processo de valorização dos resíduos sólidos, a região precisa ampliar as ações em prol da conscientização

Ascom CIMVI / Don Carlos Leal
CIMVI
A separação correta dos resíduos sólidos na embalagem amarela garante eficiência ao processo de triagem com destino à reciclagem. - Imagem: Divulgação
Uma data para resgatar a importância de adotar práticas de consumo consciente e de gestão responsável dos resíduos. O Dia Internacional da Reciclagem, celebrado em 17 de maio, traz consigo a reflexão sobre os impactos positivos desta prática sustentável e visa promover a conscientização sobre a necessidade urgente de reduzir, reutilizar e reciclar recursos. Atitude esta iniciada em 2019, pelo Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí – CIMVI, por meio da implantação do programa Vale Reciclar em seus 14 municípios consorciados.  

Com o intuito de valorizar os resíduos sólidos, incentivando a coleta seletiva nos municípios de Ascurra, Apiúna, Benedito Novo, Botuverá, Doutor Pedrinho, Guabiruba, Ilhota, Indaial, Luiz Alves, Massaranduba, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó, o programa trabalha a Educação Ambiental, com ações de sensibilização e engajamento para adoção de práticas sustentáveis. Além disso, foi criada de uma identidade visual regionalizada, através da embalagem amarela, distribuída aos munícipes gratuitamente para acondicionamento dos resíduos sólidos passíveis de reciclagem.
 
“Nosso desafio foi, há pouco mais de cinco anos, implementar um programa com adesão dos 14 municípios, tendo práticas comuns de como lidar e como entender os resíduos sólidos, sempre debatendo com os secretários, gestores e todas as prefeituras. Ou seja, o Vale reciclar é um conjunto de práticas, procedimentos e estratégias que visam à recuperação significativa dos resíduos com a implantação da coleta seletiva em todos os municípios, mesmas práticas de coleta, transporte e transbordo, quando necessárias, além da triagem na central de valorização, como já acontece”, afirma o diretor executivo do CIMVI, Fernando Tomaselli.

À medida que o mundo enfrenta crescentes desafios ambientais, a importância da reciclagem ganha ainda mais relevância. A implantação do Vale Reciclar na região CIMVI, abrangendo uma população de aproximadamente 282 mil habitantes, revela um crescimento exponencial na reciclagem dos resíduos, passando de cerca de 2 toneladas em 2019, para quase 7 mil toneladas em 2023.  

Fernando destaca a nova fase do programa, que teve um crescimento bem exponencial em relação à implantação de ações e à coleta dos resíduos. “Nosso foco agora é mais qualitativo, ou seja, não deixa de ter o crescimento vertical em relação à quantidade dos materiais recolhidos, mas também na questão qualitativa, tanto que a marca da campanha neste ano traz como slogan ‘Para quem recicla, não existe lixo!’. É nesse olhar que vamos conduzir, por isso o empenho de todos e o convite para fazer esse upgrade na campanha, que é tão importante e que tem um resultado tão significativo para todas as pessoas e para o meio ambiente”, reforça. 

Desafio é qualificar os resíduos 
O trabalho do CIMVI na gestão dos resíduos sólidos urbanos é contínuo. Recentemente, a entidade entregou aos municípios consorciados a Análise Gravimétrica de Resíduos, detalhando a quantidade e os tipos de materiais descartados pela população. Do estudo, foram geradas várias informações sobre o que está sendo descartado na embalagem amarela da coleta seletiva, subsidiando as ações para garantir a eficácia deste processo.  

“O resultado gravimétrico serve para que cada município possa agir de forma pontual, investindo em informação a fim de sensibilizar e conscientizar cada vez mais a população, melhorando o cenário local e, consequentemente, o regional”, ressalta a gestora Ambiental do CIMVI, Sandra Regina Batista. 

Um dos destaques sinalizados na gravimetria é que 27% dos resíduos comuns que chegam ao Aterro Sanitário são de materiais potencialmente recicláveis, como papel, plástico, metais e vidros. Porém, o cenário da região CIMVI é favorável, uma vez que a média nacional, segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Planares, é de 32,20%. “Precisamos qualificar cada vez mais esses resíduos, garantindo eficácia ao que pode e deve ser destinado à reciclagem e, com isso, reduzir a quantidade de resíduo destinado ao Aterro Sanitário”, enfatiza Sandra.

Outro desafio é melhorar a eficácia dos resíduos sólidos que a população acondiciona na embalagem amarela, já que a gravimetria apontou um índice médio de 15,15% de rejeitos no descarte da coleta seletiva na região. “É importante que a população faça sua parte, contribuindo para diminuir a quantidade de rejeitos que ainda são descartados na embalagem amarela”, finaliza.

Diante destes desafios, o CIMVI contribui continuamente com investimentos em campanhas nos meios de comunicação e redes sociais, em parceria com os municípios e os Grupos Intersetoriais de Educação Ambiental - GIEAs, fomentando o Vale reciclar nas escolas e entidades locais. Estes grupos trabalham intensamente as informações sobre o que a população deve ou não acondicionar na embalagem amarela, ações de educação ambiental no município e incentivam a conhecer o Parque Girassol, estimulando e difundindo, cada vez mais, a prática de reciclagem. 

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