07/04/2024 às 13h22min - Atualizada em 08/04/2024 às 00h03min
O que foi violado na invasão da embaixada do México no Equador?
O que está por trás da crise diplomática entre México e Equador, e quais suas possíveis consequências?
Redação Role,BBC News Brasil / Don Carlos Leal
BBC
Entrada de policiais equatorianos na embaixada do México em Quito aprofundou crise diplomática entre os países. - Foto: Getty Images / Reprodução Um grupo de policiais equatorianos invadiu a embaixada mexicana em Quito e prendeu o ex-vice-presidente do país Jorge Glas na sexta-feira (5/4), levando o México a romper as relações diplomáticas com o governo do Equador, em uma crise diplomática bilateral inédita. Glas, que ocupou a vice-presidência do Equador entre 2013 e 2018 e é um aliado do ex-presidente Rafael Correa, foi condenado pela Justiça equatoriana por corrupção e estava refugiado na embaixada mexicana desde dezembro. Na última semana, o México lhe concedeu asilo político. Após a operação policial, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, ordenou o rompimento das relações diplomáticas com o Equador. "Se trata de uma violação flagrante ao direito internacional e à soberania do México", disse o mandatário mexicano. Embaixadas estrangeiras estão protegidas pela inviolabilidade prevista na Convenção de Viena, o que significa que as autoridades locais não podem entrar nas instalações diplomáticas sem o consentimento do país responsável por elas. "O direito de asilo é sagrado e estamos agindo em plena conformidade com as convenções internacionais", escreveu a chanceler mexicana Alicia Bárcena no X, o antigo Twitter. Um comunicado da presidência do Equador confirmou a prisão de Glas e disse que o ex-vice-presidente tinha sido colocado "à disposição das autoridades competentes". O texto também acusou a embaixada mexicana de ter "abusado das imunidades e privilégios" e denunciou que o asilo diplomático concedido a Glas era "contrário ao marco jurídico convencional". "O Equador é um país soberano e não vamos permitir que nenhum delinquente fique impune", disse o comunicado. O governo brasileiro divulgou uma nota na qual condena "nos mais duros termos" a ação equatoriana.
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