28/03/2024 às 16h41min - Atualizada em 28/03/2024 às 16h41min
SC tem a maior alta na taxa de natalidade do país; casamentos e divórcios também aumentam
Santa Catarina e Mato Grosso foram os únicos do país que tiveram mais nascimentos em 2022 na comparação com 2021
John Pacheco / Don Carlos Leal
G1
Parto bebe na frente do hospital Muriaé. - Foto: Ludmila Gusman / Reprodução Santa Catarina foi um dos únicos dois estados do país onde em 2022 registrou mais nascimentos que em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 2%, bem na contramão do país, onde a média nacional ficou em -3,5%, menor patamar desde 1977. O outro único estado a ter aumento foi Mato Grosso (1,8%).
Os dados integram a pesquisa Estatística do Registro Civil, que traz dados sobre os comportamentos das famílias brasileiras em quatro eixos: nascimentos, óbitos, casamentos e divórcios. Nascimentos: SC volta a ter alta após dois anos e registra maior elevação do país / Casamentos: união entre casais do mesmo sexo sobe 29% / Divórcios: casamentos em SC duravam em média 14,6 anos / Óbitos: após alta de quase 30%, mortes reduzem no estado
Em 2022, Santa Catarina teve 98.181 nascimentos, alta de 2% na comparação com o ano anterior. O estado voltou a registrar alta depois de dois anos de queda: 2020 (-0,2%) e 2021 (-1,8%). A alta nos nascimentos tem relação com a amenização da pandemia de Covid, onde as famílias evitaram ter filhos nos anos com maior número de casos.
No Brasil, 25 das 27 Unidades da Federação tiveram redução no número de nascimentos na comparação com 2021. Esse indicador deixou a média negativa em -3,5%. Os números consideram as crianças nascidas em 2022 e registradas até o primeiro trimestre de 2023. Do total de nascidos vivos em Santa Catarina, 0,7% não nasceram em hospitais e 51,3% eram homens.
Houve ainda, elevação de 5,3% nos nascimentos em Santa Catarina de mães estrangeiras, totalizando 1.439 ocorrências. Com alta de 11,2%, quase o triplo da média nacional (4,0%), Santa Catarina celebrou 35.621 casamentos em 2022. O total absoluto é o maior da série histórica iniciada em 2013 e que não era superado desde 2017 (34.098).
A elevação foi a terceira maior do país, ficando atrás apenas de Roraima (20,9%) e Acre (17,5%). É o segundo ano consecutivo que Santa Catarina tem mais casamentos que os 12 meses anteriores.
Casamentos entre cônjuges do mesmo sexo cresceram 29,7% em 2022, consolidando também o maior total absoluto da série histórica, com 524 celebrações, sendo 308 foram entre cônjuges femininos (58,8%) e 216 entre cônjuges masculinos (41,2%). Também houve alta nacional nas uniões entre cônjuges do mesmo sexo (19,8%).
No estado, os homens casavam em média aos 31,0 anos e as mulheres aos 28,8 anos, dados também abaixo da média nacional, que ficou em 31,5 e 29,1, respectivamente. Assim como os casamentos, os divórcios também aumentaram em Santa Catarina, porém em patamar bem menor. Em 2022, na comparação com 2021, a elevação foi de 0,5%, bem abaixo da média nacional no mesmo período, que ficou em 8,6%.
Foi o quinto ano consecutivo de crescimento dos divórcios no estado. "O tempo médio de duração dos casamentos em Santa Catarina foi de 14,6 anos, a décima maior entre as Unidades da Federação", pontuou o IBGE. A média dos casamentos reduziu em 2022, pois em 2021 era de 15,1 anos. Mesmo em queda, ainda segue superior à nacional, de 13,8 anos.
A idade média dos homens ao se divorciar (44,2 anos), no estado, era 2,9 anos superior a das mulheres (41,3 anos). Em Santa Catarina, a faixa de tempo de união onde casais mais se separaram foi entre 5 e 9 anos, com 22,8% dos divórcios. Após dois anos com alta, chegando a 28,7% entre 2020 e 2021, no auge da pandemia, Santa Catarina fechou 2022 com redução de 14,5% nos óbitos. A queda foi menor que a média nacional, de 15,8%. Foram 50.694 ocorrências, sendo 54,5% de pessoas do sexo masculino, 45,5% feminino e 0,07% de sexo ignorado.
A faixa etária com maior número de óbitos é acima de 60 anos, com 73,4% dos registros, a grande maioria de causas naturais. Dos óbitos entre pessoas do grupo de idade de 15 a 29 anos em Santa Catarina, 74,3% eram de homens, o que representa cerca de 3 em cada 4 óbitos entre os jovens.
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