25/03/2024 às 19h11min - Atualizada em 26/03/2024 às 00h03min
O que mais se comprova com a repentina soltura do jogador Daniel Alves?
Mesmo detido, a Justiça espanhola concedeu o direito do condenado por 3stupro recorrer em liberdade
Redação G1 / Don Carlos Leal
G1
A ex-ministra de Igualdade da Espanha Irene Montero disse que "Precisamos que a justiça seja feminista e igual para todos". - Imagem: Ilustrativa O Tribunal de Barcelona aceitou pedido da defesa para que ex-jogador aguarde em liberdade a decisão final. Alves recorreu da sentença que recebeu em fevereiro pelo crime de agressão s3xual. A defesa do ex-jogador Daniel Alves pagou na segunda-feira (25) a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) estipulada pela Justiça de Barcelona para obter a liberdade provisória. Alves deixou o presídio de Brians 2, parte de um complexo prisional a 40 quilômetros de Barcelona e onde ele estava desde que foi preso preventivamente, em janeiro de 2023. Em fevereiro, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão s3xual -- ele foi acusado de 3stuprar uma mulher em uma boate em Barcelona. Há regras que ele precisa obedecer, sob pena de voltar à prisão: É obrigado a manter uma distância de pelo menos 1 quilômetro da residência da vítima, de seu local de trabalho ou de qualquer outro lugar frequentado por ela -- a jovem é de Barcelona e também vive na capital catalã; Também não pode tentar se comunicar com a denunciante através de nenhum meio; Não pode deixar a Espanha; Deve comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona ou quantas vezes lhe for solicitado. Em liberdade provisória, o ex-jogador deve morar em uma luxuosa mansão de R$ 27 milhões, localizada na região de Esplugues de Llobregat, nos arredores de Barcelona. A ex-ministra de Igualdade da Espanha Irene Montero, que foi a autora de uma lei espanhola pela qual Alves foi julgado -- que ficou conhecida como 'só o sim é sim' -- criticou a concessão da liberdade condicional ao brasileiro: "Os homens poderosos podem comprar sua liberdade. Isso (a sentença) é uma mensagem perigosa de desproteção para todas as mulheres. Precisamos que a justiça seja feminista e igual para todos", declarou Montero.
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A ex-ministra de Igualdade da Espanha Irene Montero disse que "Precisamos que a justiça seja feminista e igual para todos". - Imagem: Ilustrativa
