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24/02/2024 às 19h47min - Atualizada em 25/02/2024 às 00h03min

Quem sofrerá mais críticas no ato convocado por Bolsonaro na Avenida Paulista?

O ex-presidente emitiu um apelo para que os participantes de um ato não levem cartazes e evitem críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, quem conhece a lógica, sabe que esse pedido não é exatamente uma preocupação genuína

Carolina Curvello / Don Carlos Leal
GAZETA DO POVO
Na última segunda (19), o PT entrou com uma ação no Ministério Público Eleitoral de São Paulo para barrar a manifestação de domingo. - Foto: Francisco Leali / Reprodução
A apresentação do pedido de impeachment contra Lula na Câmara dos Deputados, por conta das declarações contra Israel, deve endossar as pautas de reivindicações do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, no próximo domingo (25), em São Paulo. Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ato na Avenida Paulista em defesa do Estado democrático de direito. Segundo o ex-presidente, a manifestação tem como objetivo se defender de “todas as acusações” que tem enfrentado nos últimos meses. O ex-presidente pretende rebater as acusações que tem enfrentado nos últimos meses, em especial no contexto da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na última segunda (19), o PT entrou com uma ação no Ministério Público Eleitoral de São Paulo para barrar a manifestação de domingo. No pedido, o partido expressa a preocupação do partido de que o ato possa desencadear eventos semelhantes ao ocorrido no 8 de janeiro, em Brasília. Em resposta a iniciativa do PT, o senador e líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que o PT está “amedrontado” com o ato convocado pelo ex-presidente. O ex-presidente Lula tem sido alvo de críticas recentes, especialmente após suas declarações sobre a guerra na Faixa de Gaza e o pedido de impeachment feito na Câmara por parlamentares bolsonaristas. Essas declarações geraram uma crise diplomática e embasaram o requerimento dos deputados oposicionistas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já foi alvo de críticas tanto por apoiadores de Bolsonaro quanto por opositores. Bolsonaro o chamou de “ditador” antes das eleições, e termos como “patife” e “moleque” também foram usados pelo presidente para atacá-lo. O Partido dos Trabalhadores (PT), historicamente associado a Lula, também pode ser alvo de críticas no ato. O Supremo Tribunal Federal (STF), como instituição, frequentemente é criticado em atos bolsonaristas. No entanto, Bolsonaro pediu para que os apoiadores não levem manifestações “contra quem quer que seja”, referindo-se às costumeiras críticas endossadas ao STF e a Alexandre de Moraes. Em resumo, é provável que haja críticas a Lula, ao STF e a Alexandre de Moraes durante o ato, mas o foco principal pode estar na defesa de Bolsonaro e nos temas que envolvem seu governo e sua gestão.

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