05/02/2024 às 12h37min - Atualizada em 06/02/2024 às 00h03min
Por que a França é contra o acordo entre a União Europeia-Mercosul?
Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacional da FGV-SP, "todo mundo concorda que é muito pouco provável que este acordo seja ratificado"
André Gustavo Stumpf / Don Carlos Leal
G1
A oposição de Emmanuel Macron ao acordo UE-Mercosul está relacionada a várias questões. - Foto: Corbis / Getty Images / Reprodução Em dezembro do ano passado, Emmanuel Macron, presidente da França, disse, na COP 28, ser contra o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, por ele ser "antiquado" e "mal remendado". Pouco mais de um mês depois, Macron pediu à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que o bloco europeu desista das tratativas com o bloco sul-americano. Para Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV-SP, "todo mundo concorda que é muito pouco provável que este acordo seja ratificado". "A princípio, a última janela de oportunidade para negociar esse acordo foi no ano passado, quando a Espanha tinha a presidência da União Europeia, e o Brasil a presidência do Mercosul. E, para muitos, aquilo era o último momento, porque vão acontecer eleições parlamentares do parlamento europeu e este ano provavelmente será um parlamento menos propenso a aceitar grandes acordos comerciais", disse ele. "Sem o apoio da França ou sem a anuência da França, me parece muito pouco provável que este acordo que está sendo negociado há mais de 20 anos possa prosperar", complementou Oliver. Um acordo entre Mercosul e União Europeia é negociado desde 1999. Em 2019, foi concluída a primeira etapa das conversas. Desde então, os termos passaram à fase de revisão, o que ainda não terminou. Além disso, exigências adicionais das partes têm adiado a conclusão. Os motivos do presidente francês, como explica Oliver, passam desde o momento de fragilidade dele no país, ao que ele pensa sobre a posição da Europa. Em resumo, a oposição de Macron ao acordo UE-Mercosul envolve uma combinação de preocupações ambientais, questões políticas internas e visões estratégicas para a Europa. No entanto, é improvável que o acordo seja ratificado sem o apoio da França
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